terça-feira, 13 de janeiro de 2009

TOMANDO DECISÕES SABIAMENTE - A Autoridade das "Vozes"

Neste mundo em que vivemos, existem muitas “vozes” que nos dizem o que devemos fazer. Temos as ‘vozes’ dos nossos pais, da família, do cônjuge, das tradições, dos professores, dos amigos, do bem, do mal, dos nossos líderes religiosos, etc.

Por vezes torna-se difícil perceber que rumo tomar quando há um tumulto de “vozes” nas nossas cabeças, principalmente quando temos que tomar decisões importantes.

Contudo há uma hierarquia de “vozes” que devemos ter em atenção, a fim de darmos prioridade de atenção, porque há “vozes” com mais autoridade que outras.

Muitos têm enveredado por caminhos e decisões errados, porque não têm dado atenção à autoridade das “vozes” que nos atingem. Neste estudo, não querendo ser exaustivo, quero fazer-nos compreender a hierarquia ou autoridade das “vozes” com as quais temos diariamente de decidir se obedecemos ou não.

1 - A autoridade máxima é a voz de Deus.

Com a Sua voz Deus criou todas as coisas (Gn 1). Se Deus falou, podemos estar certos é verdade, pois Ele é a Verdade! N’Ele não há engano, e todas as Suas ordens ou orientações devem ser tidas em conta para o nosso bem. Todas as outras “vozes” devem-se inclinar perante a Sua “voz”. Ele é a autoridade suprema.

2 – A voz da Bíblia.

A Sua voz pode ser conhecida hoje pela Bíblia, pois ela é a vontade escrita de Deus. Se queremos saber o que Deus deseja para nós, então é a ela que devemos consultar. Nela está contida orientações preciosas para o homem que o ajudarão a viver melhor a vida.

3 – A voz da consciência.

A consciência é o conjunto do conhecimento do bem e do mal. Esse conhecimento pode estar “contaminado” ou não, de acordo com vida que temos tido. Para alguns a consciência já não acusa quando mentem ou enganam, etc., porque já a deixaram ficar contaminada. Mas quando os princípios de Deus são fortalecidos pela Bíblia, então podemos ter a certeza que nossa consciência é uma consciência não contaminada, pois, quando fazemos algo que vai contra os princípios e padrões de Deus, logo a nossa consciência nos acusa que estamos tomando decisões ou caminhos errados.

Como cristão, se eu não agir de acordo com o conhecimento que tenho da Palavra (Bíblia), a minha consciência me condenará, não ficarei tranquilo em meu interior. Ser-me-á de peso.
Por vezes outras pessoas, e até mesmo outros cristãos, julgam os seus pares porque não fazem isto ou aquilo. Pois ninguém pode julgar os outros por agirem de acordo com a sua própria consciência.

Conselho: Se te disserem para fazer algo que tua consciência diz para não o fazerem, então não o faças, porque se o fizeres irás atrair peso sobre a tua vida.

Jamais alguém poderá ditar ordens a outros violando as suas consciências.

Exemplo bíblico: Há coisas que estão escritas na Bíblia, que a elas devemos obedecer, pois são ordens de Deus. Visto ser uma autoridade superior à consciência, devem ser obedecidas sem qualquer obstáculo. Contudo há coisas que a Bíblia deixa à nossa consciência de fazermos ou não. No caso relatado em I Coríntios 8:8 a 10, referente a comer ou não comer determinados alimentos, o apóstolo Paulo mostra que para algumas coisas o que é correcto para uns pode ser incorrecto para outros. Ele exorta a cada um agir de acordo com a sua própria consciência para que não peque. Ele enfatiza que o mais importante é a atitude de amor e cuidado que devemos demonstrar uns para com os outros. Com este ensino ele chama os coríntios para o equilíbrio e sensatez.

4 – Outras vozes inferiores em autoridade.

Existem vozes de autoridade naturais (governos, polícias, pais, familiares, professores, patrões, tradição e costumes, etc.) e também vozes de autoridade espirituais (líderes religiosos).

Aqui há muito que se lhe diga, e ao qual devemos prestar atenção a alguns detalhes.

Quanto às autoridades naturais, há “vozes” que devemos dar ouvidos e outras vezes não. Se é dito algo que vai contra Deus, a Sua Palavra, e/ou a nossa consciência, é claro que não devemos seguir essa “voz”. Exemplo: Se sou contra uma determinada Lei que foi aprovada, mas que vai contra os princípios de Deus, é claro que não vou ser a favor dela!

Em termos de autoridade espiritual, cada cristão deverá estar sob uma liderança espiritual (Ef 4:11).

Hb 13.17 fala “obedecei a vossos pastores [guias], e sujeitai-vos a eles…” “Obedecei” e “sujeitai-vos” são duas palavras diferentes: a primeira significa fazer o que nos foi pedido sem coração, e a segunda significa fazer o que temos a fazer com coração, ou seja, algo que nos foi pedido mas que também nasce no nosso coração (sem peso na consciência).

Contudo, antes de nos submetermos a uma liderança pastoral, precisamos de conhecer bem a quem nos estamos a submeter espiritualmente. A responsabilidade de sermos “submissos”, conforme Hb 13:17, descreve a posição do cristão a ser convencido pelo ensino dos líderes. Não devemos segui-los cegamente, mas também não devemos mostrar uma atitude de rebeldia em relação a eles. Em outro estudo meditaremos melhor sobre a diferença entre submissão e obediência (publicado a 14 de Janeiro).

Ao longo da História da Igreja Cristã muitos líderes se têm levantado que não são exemplo de vida íntegra, sua fé não é de ser imitável, antes são abusadores da autoridade que têm para manipular, dominando e não sendo servos (Lc 22:16; I Pd 5:3).

Um líder espiritual tem que ser um pai (latim, padre), assim como Deus é o Pai da Igreja, que guiou, amou, cuidou. Um líder não é senhor sobre, ou possuidor dos seus seguidores.
Melhor que fazer algo por obediência a uma ordem dada, é quando nos submetemos (nasce do coração) e a cumprimos sem qualquer peso de consciência, sabendo que o que estamos a fazer, é correcto (não vai contra a Sua Palavra – Bíblia) e agrada o coração de Deus.

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