quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

IGREJA RESTAURADA - parte 2


IGREJA SOLIDÁRIA

Base bíblica: Apocalipse 2:1-7; I Coríntios 13:8,13.

A Bíblia nos ensina que tudo deve ser feito por amor. É o amor que nos leva a servir, e é o amor que nos deve conduzir como igreja.

A Igreja de Éfeso estava a cair no erro, como muitos de nós, de fazer as coisas (servir) sem amor. Perdendo a sua genuína e pura motivação para realizar a obra. Muitas vezes fazemos na “amarra”, porque nos mandaram, porque nos foi imposto e poderão haver consequências por parte da liderança. Liderança que se impõe, que manda, não está a agir correctamente. Liderança segundo o coração de Deus, pede [p.f. ver estudo sobre “Submissão e Obediência”, último parágrafo].

Muitas Igrejas esquecem-se aquilo que Jesus ensinou, que o mundo nos conheceria se nos amássemos uns aos outros (João 13:35). Assim é que o mundo nos reconheceria como verdadeiros filhos de Deus. Mas o amor tem ficado esquecido! Com a ânsia de fazer crescer ministérios, muitos seminários se têm realizado sobre o crescimento de igrejas. Gastam imenso tempo e recursos preciosos a ensinar outros como fazer crescer a sua igreja, estratégias, actividades a realizar, como criar ondas, etc. Somente Deus pode fazer a Igreja crescer. A nós nos compete amar. Amar todos aqueles que Deus ama, sem olhar para raça, cor, condição social, etc. Amar os outros como a nós mesmos! (Mateus 22:37-40)

A igreja actual tem abandonado o essencial e ficado com o periférico. Facilmente abandonamos os princípios e valores imutáveis pela glória transitória deste mundo.

Éfeso é exemplo de igreja pois teve atitudes e posicionamentos louváveis, cuidou do seu comportamento ético, trabalhou arduamente, foi perseverante e não desanimou, teve forças espirituais para suportar os impostores da fé, os falsos mestres, prevalencendo numa doutrina equilibrada e sadia, leal ao Evangelho. Contudo, o grande erro foi deixar o AMOR.

Doutrina sem amor corre o risco de assumir uma rigidez dogmática. Pessoas são descartadas em nome da doutrina. O contrário também é possível: desprezar os princípios e valores imutáveis do Evangelho para acalmar ou acomodar pessoas que estão em pecado. Isso ainda se vê hoje.

Se doutrina sem amor é legalismo, amor sem doutrina é frouxidão e relaxo.

Quando damos prioridade a algo na igreja e esse algo é feito sem a perspectiva do amor, isso significa que, claramente, fizemos uma opção pelo periférico, e não pelo essencial que é “fazer tudo [mesmo tudo] com amor” (I Coríntios 16:14).

Quando fazemos as coisas na igreja, ou fora dela, na base do amor, é porque já crescemos espiritualmente o suficiente a ponto de Jesus continuar a ser nosso primeiro amor.

A IGREJA QUE TEM O PROPÓSITO DE SERVIR EM AMOR “CRESCE E EDIFICA-SE A SI MESMO EM AMOR, NA MEDIDA EM QUE CADA UM REALIZA A SUA FUNÇÃO” (Efésios 4:16). Esse esforço de cada parte e de toda a igreja deve ser “motivado pelo amor” (I Ts 1:3).

A igreja cresce se houver amor. Os seus fiéis permanecem se houver amor. Se não houver amor, os infiéis não entrarão nela, ou não permanecerão nela. Os seus membros procurarão outra igreja, outra liderança que viva em amor.

Se a igreja não pratica o amor, Cristo tirará o “candelabro”. Persistir em tal estrada equivale a deixar de ser Sua Igreja, mesmo que mantenha o placar de igreja.

É possível uma igreja ser igreja sem ser Igreja de Cristo? É perfeitamente possível! Se não existe solidariedade (amor), não existe comunhão com Jesus nem com as demais comunidades.

[Tema a ser desenvolvido em seminário].
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