segunda-feira, 25 de abril de 2011

“Nem todas as relações homossexuais são promíscuas”

Pastor Ricardo Gondim afirma ser a favor da união civil gay: “Nem todas as relações homossexuais são promíscuas”

‘Deus nos livre de um Brasil evangélico?’ Quem afirma é um pastor, o cearense Ricardo Gondim. Segundo ele, o movimento neopentecostal se expande com um projeto de poder e imposição de valores, mas em seu crescimento estão as raízes da própria decadência.

Os evangélicos, diz Gondim, absorvem cada vez mais elementos do perfil religioso típico dos brasileiros, embora tendam a recrudescer em questões como o aborto e os direitos homossexuais.

Aos 57 anos, pastor há 34, Gondim é líder da Igreja Betesda e mestre em teologia pela Universidade Metodista. E tornou-se um dos mais populares críticos do mainstream evangélico, o que o transformou em alvo. “Sou o herege da vez”, diz na entrevista a seguir.

Carta Capital: Os evangélicos tiveram papel importante nas últimas eleições. O Brasil está se tornando um país mais influenciável pelo discurso desse movimento?

RG: Sim, mesmo porque, é notório o crescimento no número de evangélicos. Mas é importante fazer uma ponderação qualitativa. Quanto mais cresce, mais o movimento evangélico também se deixa influenciar. O rigor doutrinário e os valores típicos dos pequenos grupos de dispersam, e os evangélicos ficam mais próximos do perfil religioso típico do brasileiro.

CC: Como o senhor define esse perfil?

RG: Extremamente eclético e ecumênico. Pela primeira vez, temos evangélicos que pertencem também a comunidades católicas ou espíritas. Já se fala em um “evangelicalismo popular”, nos modelos do catolicismo popular, e em evangélicos não praticantes, o que não existia até pouco tempo atrás. O movimento cresce, mas perde força. E por isso tem de eleger alguns temas que lhe assegurem uma identidade. Nos Estados Unidos, a igreja se apega a três assuntos: aborto, homossexualidade e a influência islâmica no mundo. No Brasil, não é diferente. Existe um conservadorismo extremo nessas áreas, mas um relaxamento em outras. Há aberrações éticas enormes.

O senhor escreveu um artigo intitulado “Deus nos Livre de um Brasil Evangélico”. Por que um pastor evangélico afirma isso?

Porque esse projeto impõe não só a espiritualidade, mas toda a cultura, estética e cosmovisão do mundo evangélico, o que não é de nenhum modo desejável. Seria a talebanização do Brasil. Precisamos da diversidade cultural e religiosa. O movimento evangélico se expande com a proposta de ser a maioria, para poder cada vez mais definir o rumo das eleições e, quem sabe, escolher o presidente da República. Isso fica muito claro no projeto da igreja Universal. O objetivo de ter o pastor no Congresso, nas instâncias de poder, pode facilitara expansão da igreja. E, nesse sentido, o movimento é maquiavélico. Se é para salvar o Brasil da perdição, os fins justificam os meios.

O movimento americano é a grande inspiração para os evangélicos no Brasil?

O movimento brasileiro é filho direto do fundamentalismo norte-americano. Os Estados Unidos exportam seu american way of life de várias maneiras, e a igreja evangélica é uma das principais. As lideranças daqui Ieem basicamente os autores norte-americanos e neles buscam toda a sua espiritualidade, teologia e normatização comportamental. A igreja americana é pragmática, gerencial, o que é muito próprio daquela cultura. Funciona como uma agência prestadora de serviços religiosos. de cura, libertação, prosperidade financeira. Em um país como o Brasil, onde quase todos nascem católicos, a igreja evangélica precisa ser extremamente ágil, pragmática e oferecer resultados para se impor. É uma lógica individualista e antiética. Um ensino muito comum nas igrejas é de que Deus abre portas de emprego para os fiéis.

Eu ensino minha comunidade a se desvincular dessa linguagem. Nós nos revoltamos quando ouvimos que algum político abriu uma porta para o apadrinhado. Por que seria diferente com Deus?

O senhor afirma que a igreja evangélica brasileira está em decadência, mas o movimento continua a crescer.

Uma igreja que, para se sustentar, precisa de campanhas cada vez mais mirabolantes, um discurso cada vez mais histriônico e promessas cada vez mais absurdas está em decadência. Se para ter a sua adesão eu preciso apelar a valores cada vez mais primitivos e sensoriais e produzir o medo do mundo mágico, transcendental, então a minha mensagem está fragilizada.

Pode-se dizer o mesmo do movimento norte-americano?

Muitos dizem que sim, apesar dos números. Há um entusiasmo crescente dos mesmos, mas uma rejeição cada vez maior dos que estão de fora. Hoje, nos Estados Unidos, uma pessoa que não tenha sido criada no meio e que tenha um mínimo de senso crítico nunca vai se aproximar dessa igreja, associada ao Bush, à intolerância em todos os sentidos, ao Tea Party, à guerra.

O senhor é a favor da união civil entre homossexuais?

Sou a favor. O Brasil é uni país laico. Minhas convicções de fé não podem influenciar, tampouco atropelar o direito de outros. Temos de respeitar as necessidades e aspirações que surgem a partir de outra realidade social. A comunidade gay aspira por relacionamentos juridicamente estáveis. A nação tem de considerar essa demanda. E a igreja deve entender que nem todas as relações homossexuais são promíscuas. Tenho minhas posições contra a promiscuidade, que considero ruim para as relações humanas, mas isso não tem uma relação estreita com a homossexualidade ou heterossexualidade.

O senhor enfrenta muita oposição de seus pares?

Muita! Fui eleito o herege da vez. Entre outras coisas, porque advogo a tese de que a teologia de um Deus títere, controlador da história, não cabe mais. Pode ter cabido na era medieval, mas não hoje. O Deus em que creio não controla, mas ama. É incompatível a existência de um Deus controlador com a liberdade humana. Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem., então há aluo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida.

Mas os movimentos cristãos foram sempre na direção oposta.

Não necessariamente. Para alguns autores, a decadência do protestantismo na Europa não é, verdadeiramente, uma decadência, mas o cumprimento de seus objetivos: igrejas vazias e cidadãos cada vez mais cidadãos, mais preocupados com a questão dos direitos humanos, do bom trato da vida e do meio ambiente.

Fonte: Carta Capital
Via: Pavablog

Artigo retirado de http://noticias.gospelmais.com.br

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jovens sem controlo em festas de droga

Jovens sem controlo em festas de droga


21 de Abril, 2011por João Correia, João Vieira, Sónia Balasteiro


Há cada vez mais festas de música trance, em Portugal, onde menores misturam drogas químicas como o MD e o LSD. A situação, que se vive em muitos outros países europeus, está a preocupar a União Europeia que, numa conferência realizada no mês passado, alertou para o perigo da mistura de substâncias psicoactivas. Em Portugal, as autoridades também estão em alerta com estes eventos que, com a chegada do bom tempo, se multiplicam de Norte a Sul.



Aliás, um estudo da Organização Mundial de Saúde, apresentado na última semana, sobre comportamentos de risco entre os jovens portugueses, dos 11 aos 16 anos, revela um padrão no aumento do consumo de todas as drogas entre 2006 e 2010: 1,8% para 2% no LSD, 1,6% para 1,9% na cocaína e 1,6% para 1,8% no ecstasy. «É preocupante porque revela um padrão nos aumentos de consumo», diz Margarida Gaspar de Matos, que coordenou o trabalho em Portugal.

Quanto à entrada de jovens nas festas trance, a investigadora considera que «as autoridades deveriam monitorizar estas situações junto dos organizadores». Os 15, 16 anos, explica Margarida Gaspar de Matos, são precisamente «as idades em que os jovens começam a experimentar substâncias químicas». Isto, refere, «apesar de serem sobretudo os universitários» a fazê-lo.

Na maioria das festas, os menores não têm qualquer dificuldade em entrar e a segurança é quase nula. Por isso, também o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, admite que é necessário maior controlo. «A forma como estes eventos são organizados escapa ao controlo das autoridades», avisa o especialista.

São vários os tipos de festas existentes, que variam consoante o género de música, que vai desde o trance até ao dubstep, passando pelo drum and bass e o electro.

Para controlar situações perigosas, o IDT 'infiltrou' técnicos nestas festas, que se misturam com a multidão. São profissionais treinados para influenciar os utilizadores de modo a evitar o consumo excessivo de químicos e a actuar em casos extremos em que alguém tenha, por exemplo, um surto psicótico. Ao todo, adiantou ao SOL João Goulão são mais de 20 equipas de Norte a Sul do país nestas festas.

«A forma que temos de agir, em parceria com entidades locais, é pôr no terreno pessoas com quem os jovens se identificam», explica Goulão.

O SOL encontrou adolescentes de 15 e 16 anos nestas festas, que explicam o que os leva a consumir drogas tão perigosas e radicais como os alucinogéneos.

Diogo, 15 anos

Consome MD

'Fico no meu mundo'

Enquanto dança com energia no Opart, espaço de festas situado em Alcântara, Diogo conta a sua experiência com drogas. Considera-se «um noctívago» e confessa ser um habitual consumidor de MD (cristais sintéticos). Percorre as festas electrónicas por toda a região de Lisboa. «Gosto de tudo um pouco na música electrónica. Trance, electro, drum & bass. Tudo dá para dançar», refere o jovem, explicando que a música electrónica e as drogas estão misturadas. «Fico no meu mundo. Abstraio-me de tudo e de todos. Sou eu e a música».

Pedro, 16 anos

Consome MD e Haxixe

'Para as festas, só a ganza já não serve'

Pedro tem 16 anos e começou por consumir haxixe com os amigos aos 14. Hoje, admite, «para as festas só a ganza já não serve». Pedro explica o motivo: «Tenho de acelerar». O adolescente garante que não tem qualquer dificuldade de acesso às drogas. «O MD compra-se ao grama. Costumo comprar com amigos, para ficar mais barato», conta ao SOL. Apreciador de festas de trance, esclarece que consome para aguentar uma noite inteira: «Chego a beber três a quatro garrafas pequenas com mais um amigo. Tenho de ter energia para a noite toda».

E nem o medo do vício e dos problemas associados ao consumo destas drogas o preocupam: «No momento só quero aproveitar. Sou novo, depois logo se vê».

Lúcia, 15 anos

Consome MD, erva e LSD

'É fácil encontrar os vendedores'

Lúcia iniciou-se no mundo das drogas com 15 anos, ao fumar erva com uma amiga. Aos 16, já experimentou erva, haxixe, MD e ácidos. Não se sente viciada. «As drogas são um complemento para a diversão», diz, especificando: «Ajudam-me a criar estados de espírito diferentes do normal».

Por ser estudante, é dos pais que vem o dinheiro para comprar a droga e também ela garante que «é fácil encontrar os vendedores». «Quem quer comprar, tem sempre gente na zona que vende de tudo. Hoje torna-se mais fácil», refere.

Consome quando tem necessidade, quer seja «nos intervalos das aulas, na rua com os amigos ou em festas». Garante ainda que «agora toda a gente que chega aos 18 já experimentou muita coisa». Lúcia diz--se, porém, consciente de tudo. «Cada vez mais cedo vamos sabendo os efeitos e as consequências. Somos jovens, temos tempo para novas experiências».

Carlos, 16 anos

Consome MD e LSD

'É uma droga perigosa'

«Fico concentrado, e vivo para o mundo. Nem sempre a droga te deixa mais lento», conta ao SOL Carlos, de 16 anos. Gosta de «meter MD para curtir o som», e classifica-se como um consumidor consciente. Carlos gasta em média 10 euros por semana em haxixe e MD. «Sei até onde posso ir. No meu grupo de amigos todos nos controlamos e vemos se algum está a abusar», explica.

Trabalhador-estudante, afirma que o dinheiro para estas coisas vem do seu «bolso». Além disso, garante, peremptório: «Controlo o que compro porque o dinheiro custa-me a ganhar. É uma forma de não consumir demasiado».

Já experimentou LSD, mas admite que «é uma droga perigosa». «Esta sim, tira-te do mundo real. Não penso meter mais», promete.

Tiago, 16 anos

Consome Cocaína, MD, LSD

'Os ácidos queimam mais a cabeça'

Tiago, de 16 anos, está visivelmente cansado ao sair de uma festa na zona de Lisboa: «Aqui gasta-se muita energia. É a noite toda a dançar». Envolveu-se no mundo das drogas com apenas 14 anos, ao experimentar haxixe. Desde aí diz que já consumiu haxixe, erva, LSD, MD e cocaína. «Habitualmente consumo haxixe. MD, só nas festas e ácidos (LSD), só uma vez ou outra na casa de amigos. Cocaína só experimentei uma vez e não quero mais», conta ao SOL. Diz que o MD lhe dá energia.

«O corpo fica completamente enérgico e só queres curtir. E admite que os ácidos são mais perigosos. «Os ácidos queimam mais a cabeça. Ficas a alucinar com tudo e isso pode dar bom ou mau resultado». Consome MD por via nasal para «bater mais e mais rápido».

Luís, 17 anos

Consome Haxixe e MD

'Às vezes fico enjoado'

Para Luís, de 17 anos, a droga é «o fruto proibido mais apetecido». Consome haxixe e MD quando sai à noite e nas férias.

Apesar de dizer que «o MD é uma droga de diversão - a música, a noite, as luzes, tudo fazem querer mexer» -, admite que as consequências físicas podem ser desagradáveis quando passa o efeito. «Às vezes fico enjoado e com dores de cabeça».

sonia.balasteiro@sol.pt


Fonte:
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=17376

terça-feira, 19 de abril de 2011

Piercings e tatuagens

A meu ver todas as decisões morais que o cristão pense em tomar devem começar na Palavra Daquele que sabe tudo (o Senhor Jesus Cristo), e não nas opiniões dos homens falíveis.O que é que Deus diz acerca disto?

Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor. (Levítico 19:28)

Muitas vezes Deus alerta-nos para comportamentos que em si não são maus mas que podem causar o desvio dos fracos na fé (ou causar confusão àqueles que não conhecem a Cristo). Por exemplo, o Apóstolo Paulo diz

Pelo que, se a comida fizer tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para não servir de tropeço a meu irmão. (1 Cor 8:13)

Não há nada de mal em comer carne, mas se tal comportamento levar a que um irmão esmoreça na fé, o Apóstolo Paulo diz que não comerá a carne. O princípio aqui é o de que há actividades que em si não são pecado mas que podem ser formas que o homem use para se afastar de Deus.

A práctica de marcar o corpo está Biblicamente e historicamente associada à prácticas pagãs e à adoração de deuses alheios. Deus proibiu o Seu Povo de seguir o erro dos pagãos como forma de separá-los das nações (Lev 19:28). Hoje em dia o motivo da marcação do corpo não é o de adoração de deuses alheios (embora em certos casos, haja algo de idólatra nessa práctica) mas sim o suposto “embelezamento” do mesmo. No entanto, a Palavra de Deus diz:

Abstende-vos de toda espécie [aparência] de mal. (1 Tessalonicenses 5:22)

Repara que neste verso, Deus manda que não só nós nos separemos do mal, mas também de tudo o que aparenta o mal.

Por exemplo, imagina um casal de namorados cristãos que acredita e practica a abstinência, mas que tem por hábito passar a noite na casa de um ou de outro. Embora eles possam não fazer nada de mal, para as pessoas que os vêem a agir deste modo vai ser difícil fazer-lhes vêr que, apesar do que aparenta, o casal cristão practica o superior comportamento da abstinência. O que aparenta vai ser a causa de confusão e não o que está de facto a ser feito.

O mesmo se passa com as tatuagens. O que aparenta vai falar mais alto do que aquilo que o cristão verdadeiramente acredita.

O comportamento bíblico no caso das tatuagens é o de rejeitá-las a todas por completo, mesmo que uma delas seja “Deus é Amor”. O descrente não vai olhar para isso como uma declaração de amor pelO Pai, mas sim como uma evidência de que “não há nada de mal em marcar o corpo com coisas de que se acredita.

Nós sabemos que isso não é verdade, e como tal, para que o nosso comportamento não seja pedra de tropeço para almas pelas quais o Senhor Jesus Cristo morreu, o melhor é deixar o corpo vazio de tatuagens.

Uma tatuagem é uma declaração de algo em que se acredita, sendo que a maioria delas é feita com o expresso propósito de exibi-las. Se o cristão quer declarar ao mundo que ele ama o Criador, o melhor é colocar marcas no seu espírito e exibir essas “marcas” com o seu comportamento.

O mesmo se aplica ao piercing.

Em termos de SAÚDE:

A popularização de tatuagens e piercings cresceu tanto entre os jovens que atualmente é mais fácil encontrar alguém que já tenha feito pelo menos um dos procedimentos do que pessoas que nunca se submeteram a estes.

Entretanto, os especialistas advertem que não é tão simples nenhuma das duas condutas, como muitas pessoas consideram, já que há riscos à saúde e o modismo pode se reverter em um problema.

Visto que as tatuagens têm relação com agulhas e com o sangue, elas englobam vários riscos. Entre eles, a transmissão de doenças como a hepatite, a tuberculose e possivelmente o vírus HIV. Quando os tatuadores adotam todos os procedimentos de esterilização e higiene, os riscos de transmissão de doença são relativamente pequenos. Segundo os Centros para controle e prevenção de doenças - CDC (site em inglês) não há registro de nenhum caso de transmissão de HIV por tatuagem. Contudo, os médicos alertam que práticas não-estéreis podem levar à transmissão de sífilis, hepatite B e outros organismos infecciosos.

Novas tatuagens podem infeccionar, sobretudo se não receberem o devido cuidado posterior. Algumas pessoas também têm reações alérgicas às tintas usadas para tatuar. Embora os pigmentos usados sejam aprovados pelo U.S. Food and Drug Administration (FDA) para outras finalidades, o FDA não regulamenta as tintas de tatuagem. Finalmente, algumas pessoas sentem dor ou ardor durante exames de ressonância magnética (MRI) em conseqüência dos pigmentos metálicos. Alguns médicos também descrevem interferência e imagens distorcidas de ressonância magnética em conseqüência de pigmentos usados na maquiagem definitiva.

A dermatologista Flaviane Farias explica que a pele é uma área suja, que tem barreiras de proteção natural. Mas, essa barreira pode não ser o suficiente nesse tipo de procedimento para impedir a contaminação. Mesmo que haja assepsia, a tatuagem e o piercing são invasivos, afirma a médica.

Além disso, a maioria dos Estados norte-americanos adota restrições sobre a doação de sangue por pessoas tatuadas. Por causa do perigo da hepatite, a Cruz Vermelha americana não aceita sangue doado por alguém tatuado no ano anterior, a menos que o estúdio em que foi feita a tatuagem seja regulamentado por leis estaduais. Porém, a maioria dos Estados não controla os estúdios de tatuagem. [ref - em inglês]

De acordo com a médica, há registro de pessoas que necessitaram de internação para cuidar da inflamação provocada por bactéria contraída com a colocação de piercing e outras submetidas à cirurgia.

Em termos psicológicos:

De acordo com um estudo norte-americano realizado em 2006, publicado no site Banco de Saúde, os principais motivos que levam as pessoas a fazer uma tatuagem são: se sentir únicas (44%); se sentir independente (33%) e chamar a atenção para uma determinada experiência de vida (28%). Entretanto, essa mesma pesquisa revelou que muitas pessoas querem remover suas tatuagens principalmente porque enjoaram, sentem vergonha, sofrem preconceito ou não conseguem usar determinados tipos de roupa. Outro dado relevante evidenciado pelos pesquisadores é que muitos indivíduos “mudaram sua identidade” e queriam remover suas tatuagens porque elas não combinavam mais com quem essas pessoas são atualmente.