terça-feira, 19 de abril de 2011

Piercings e tatuagens

A meu ver todas as decisões morais que o cristão pense em tomar devem começar na Palavra Daquele que sabe tudo (o Senhor Jesus Cristo), e não nas opiniões dos homens falíveis.O que é que Deus diz acerca disto?

Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor. (Levítico 19:28)

Muitas vezes Deus alerta-nos para comportamentos que em si não são maus mas que podem causar o desvio dos fracos na fé (ou causar confusão àqueles que não conhecem a Cristo). Por exemplo, o Apóstolo Paulo diz

Pelo que, se a comida fizer tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para não servir de tropeço a meu irmão. (1 Cor 8:13)

Não há nada de mal em comer carne, mas se tal comportamento levar a que um irmão esmoreça na fé, o Apóstolo Paulo diz que não comerá a carne. O princípio aqui é o de que há actividades que em si não são pecado mas que podem ser formas que o homem use para se afastar de Deus.

A práctica de marcar o corpo está Biblicamente e historicamente associada à prácticas pagãs e à adoração de deuses alheios. Deus proibiu o Seu Povo de seguir o erro dos pagãos como forma de separá-los das nações (Lev 19:28). Hoje em dia o motivo da marcação do corpo não é o de adoração de deuses alheios (embora em certos casos, haja algo de idólatra nessa práctica) mas sim o suposto “embelezamento” do mesmo. No entanto, a Palavra de Deus diz:

Abstende-vos de toda espécie [aparência] de mal. (1 Tessalonicenses 5:22)

Repara que neste verso, Deus manda que não só nós nos separemos do mal, mas também de tudo o que aparenta o mal.

Por exemplo, imagina um casal de namorados cristãos que acredita e practica a abstinência, mas que tem por hábito passar a noite na casa de um ou de outro. Embora eles possam não fazer nada de mal, para as pessoas que os vêem a agir deste modo vai ser difícil fazer-lhes vêr que, apesar do que aparenta, o casal cristão practica o superior comportamento da abstinência. O que aparenta vai ser a causa de confusão e não o que está de facto a ser feito.

O mesmo se passa com as tatuagens. O que aparenta vai falar mais alto do que aquilo que o cristão verdadeiramente acredita.

O comportamento bíblico no caso das tatuagens é o de rejeitá-las a todas por completo, mesmo que uma delas seja “Deus é Amor”. O descrente não vai olhar para isso como uma declaração de amor pelO Pai, mas sim como uma evidência de que “não há nada de mal em marcar o corpo com coisas de que se acredita.

Nós sabemos que isso não é verdade, e como tal, para que o nosso comportamento não seja pedra de tropeço para almas pelas quais o Senhor Jesus Cristo morreu, o melhor é deixar o corpo vazio de tatuagens.

Uma tatuagem é uma declaração de algo em que se acredita, sendo que a maioria delas é feita com o expresso propósito de exibi-las. Se o cristão quer declarar ao mundo que ele ama o Criador, o melhor é colocar marcas no seu espírito e exibir essas “marcas” com o seu comportamento.

O mesmo se aplica ao piercing.

Em termos de SAÚDE:

A popularização de tatuagens e piercings cresceu tanto entre os jovens que atualmente é mais fácil encontrar alguém que já tenha feito pelo menos um dos procedimentos do que pessoas que nunca se submeteram a estes.

Entretanto, os especialistas advertem que não é tão simples nenhuma das duas condutas, como muitas pessoas consideram, já que há riscos à saúde e o modismo pode se reverter em um problema.

Visto que as tatuagens têm relação com agulhas e com o sangue, elas englobam vários riscos. Entre eles, a transmissão de doenças como a hepatite, a tuberculose e possivelmente o vírus HIV. Quando os tatuadores adotam todos os procedimentos de esterilização e higiene, os riscos de transmissão de doença são relativamente pequenos. Segundo os Centros para controle e prevenção de doenças - CDC (site em inglês) não há registro de nenhum caso de transmissão de HIV por tatuagem. Contudo, os médicos alertam que práticas não-estéreis podem levar à transmissão de sífilis, hepatite B e outros organismos infecciosos.

Novas tatuagens podem infeccionar, sobretudo se não receberem o devido cuidado posterior. Algumas pessoas também têm reações alérgicas às tintas usadas para tatuar. Embora os pigmentos usados sejam aprovados pelo U.S. Food and Drug Administration (FDA) para outras finalidades, o FDA não regulamenta as tintas de tatuagem. Finalmente, algumas pessoas sentem dor ou ardor durante exames de ressonância magnética (MRI) em conseqüência dos pigmentos metálicos. Alguns médicos também descrevem interferência e imagens distorcidas de ressonância magnética em conseqüência de pigmentos usados na maquiagem definitiva.

A dermatologista Flaviane Farias explica que a pele é uma área suja, que tem barreiras de proteção natural. Mas, essa barreira pode não ser o suficiente nesse tipo de procedimento para impedir a contaminação. Mesmo que haja assepsia, a tatuagem e o piercing são invasivos, afirma a médica.

Além disso, a maioria dos Estados norte-americanos adota restrições sobre a doação de sangue por pessoas tatuadas. Por causa do perigo da hepatite, a Cruz Vermelha americana não aceita sangue doado por alguém tatuado no ano anterior, a menos que o estúdio em que foi feita a tatuagem seja regulamentado por leis estaduais. Porém, a maioria dos Estados não controla os estúdios de tatuagem. [ref - em inglês]

De acordo com a médica, há registro de pessoas que necessitaram de internação para cuidar da inflamação provocada por bactéria contraída com a colocação de piercing e outras submetidas à cirurgia.

Em termos psicológicos:

De acordo com um estudo norte-americano realizado em 2006, publicado no site Banco de Saúde, os principais motivos que levam as pessoas a fazer uma tatuagem são: se sentir únicas (44%); se sentir independente (33%) e chamar a atenção para uma determinada experiência de vida (28%). Entretanto, essa mesma pesquisa revelou que muitas pessoas querem remover suas tatuagens principalmente porque enjoaram, sentem vergonha, sofrem preconceito ou não conseguem usar determinados tipos de roupa. Outro dado relevante evidenciado pelos pesquisadores é que muitos indivíduos “mudaram sua identidade” e queriam remover suas tatuagens porque elas não combinavam mais com quem essas pessoas são atualmente.