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sexta-feira, 9 de abril de 2021

Tem a certeza que os seus dados estão seguros?

Há quantos anos tem o seu computador, smartphone ou tablet? Quantos anos, GB de informação tem armazenados apenas localmente? Quantas vezes o hardware já bloqueou e pensou, "perdi tudo". Fotos, documentos, emails, contactos... E, por sorte, conseguiu reanimar os aparelhos e continuou, calmamente, a definir uma meta: "um dia vou pensar numa forma de guardar os dados em qualquer outro local".

O dia 31 de março é um bom dia para dar esse passo. É nesta data que se celebra o dia mundial do backup. Quem usa um computador já ouviu falar ou deu de caras com informação sobre backup mas será que todos percebem realmente o que está em causa?

Todos os que já passaram, ou presenciaram um momento como este, sabem o que são aquelas horas seguintes. A ansiedade, o stress causado. Mesmo os mais "desligados" acabam por ser atingidos por esta crise sentida quando os dados se evaporam.

No entanto, de acordo com os dados de diversos estudos, e expostos no site criado para assinalar o dia mundial do backup (celebrada pela primeira vez em 2011), cerca de 30% das pessoas que possuem um computador nunca fizeram um backup. E, quando se fala de pessoas, numa grande parte dos casos, está a falar-se de computadores que comportam informação pessoal mas também de trabalho.



Dia Mundial do Backup

Cada vez mais empresas adoptam o sistema de BYOD - Bring Your Own Device, e poucas se dedicam a garantir a segurança dos dados. Ao nível da segurança, nunca é demais recordar, é preciso agir de forma a bloquear os frequentes ataques cibernéticos. É preciso ter em conta que o ransomware é a forma de ataque que mais preocupa os especialistas em segurança digital. E este método não é mais do que tornar os dados reféns. Os piratas invadem os computadores, bloqueiam os dados através de uma cifra e só fornecem a chave a troco de um resgate.

No entanto, os especialistas recomendam que não se negoceie com os piratas pois ninguém garante que, após o pagamento, os dados vão ser recuperados ou que, logo de seguida, seja lançado outro ataque. Afinal, se o utilizador pagou uma vez, poderá estar disposto a pagar de novo!

A única forma de garantir que os dados estão sempre seguros, a par da proteção com medidas de segurança, como antivírus e firewalls, é através de um backup regular. No fundo, se realizar um backup com o código pirata já instalado, ele irá estar sempre presente. Por isso é muito importante usar ferramentas de proteção que mantém os ficheiros limpos de vírus antes de os enviar para backup.

E, bem vistas as coisas, é um processo rápido e praticamente transparente. As empresas, que cada vez mais estão expostas a este tipo de ataques, devido à ligação à rede de computadores, telemóveis, tablets, "estranhos" à organização, precisam de atuar com rapidez a este nível. Perde as fotos de família é uma dor de cabeça e uma perda incalculável mas, quando se fala dos dados de uma empresa, pode ser a diferença entre o sucesso ou o encerramento do negócio, nos casos extremos.

Os backups necessitam de espaço, o mesmo espaço ocupado pelos ficheiros que vão ser salvos, e por isso, a grande preocupação deve estar na definição do material a ser guardado. Por isso, ficam aqui os principais passos a seguir para um backup eficiente.

Avaliar a informação a armazenar

Cada utilizador deve escolher a informação que precisa mesmo de ser guardada. Com a evolução dos computadores, o aumento da capacidade, de forma genérica, existe a tendência de guardar tudo, mesmo ficheiros que são desnecessários. Por isso, optar por guardar o disco todo (apesar de ser uma opção) será a forma menos eficiente. Crie uma pasta onde serão colocados, de forma organizada, os ficheiros pra backup automático.

Software adequado

Existem diversos softwares que permitem definir regras para a realização de backups automáticos. Cada utilizador deve optar por aquele que dê mais garantias. Um backup pode ser feito manualmente, copiando ficheiros do computador para outro local. Mas este é o processo menos eficiente. Demora mais e está sujeito a esquecimento.

Onde armazenar

Um backup de dados pode ser feito através de diversos meios. Desde uma pen a um disco externo mas, o mais seguro, será sempre um serviço alojado na cloud. Um disco externo está sujeito aos mesmos azares de um computador. Pode se roubado, perdido ou cair. Na cloud, os dados estão sempre assegurados (desde que alojados em serviços de confiança) de forma redundante e estão acessíveis a partir de qualquer lugar.

As empresa têm ao dispor serviços de segurança que vão desde o "simples" cloud backup a um sistema completo de disaster recovery. Cada empresa deve escolher o mais adequado de acordo com o seu perfil podendo mesmo adoptar medidas específicas para proteção de telemóveis.

Frequência dos backups

Mais uma vez, este processo deve ser definido pelo utilizador. Um ficheiro que nunca é atualizado, não precisa de um backup diário, mas um ficheiro que sofre alterações regulares, deve ser copiado para o armazenamento seguro com a mesma frequência.

Nunca é demais reforçar que o backup não protege nem substitui as soluções de segurança que protegem os dados de ataques com malware ou qualquer outro tipo de invasão. Esta proteção deve ser assegurada por uma firewall e antivírus de confiança.

Adoptar medidas de segurança é crucial para qualquer empresa mas é ao nível das Pequenas e Médias Empresas (PME) que se levantam maiores preocupações. As grandes empresas já possuem departamentos dedicados às Tecnologias de Informação mas as PME ainda estão vulneráveis. Investir diretamente em soluções pode ser mais caro do que contratar estes serviços a empresas de confiança que, a par do conjunto de soluções, ajude as empresas a conhecer e a gerir o seu risco básico de exposição à Internet.


sábado, 5 de fevereiro de 2011

INternet: Portugueses são quem tem mais portáteis e correm risco

Portugal é o país da União Europeia onde mais jovens têm computador portátil e mais acedem à Internet a partir do quarto, um comportamento que os expõe a riscos, como acesso a sites impróprios ou conversas com desconhecidos.

Estes dados constam de um estudo europeu hoje, sexta-feira, apresentado na Universidade Nova em Lisboa, que alerta também para a falta de competências das crianças para a utilização da Internet e dos próprios educadores para as acompanhar e ensinar. Segundo o estudo, baseado num inquérito realizado em 25 países europeus, Portugal lidera nas crianças com portáteis, 65 por cento, contra 24 por cento da média europeia. Ana Nunes de Almeida, investigadora do Instituto de Ciências Sociais, assinalou que "Portugal entrou tarde na modernidade, mas a penetração da Internet nos lares portugueses foi vertiginosa".

Mas a maior preocupação prende-se com a tendência de utilização do computador no quarto, outro aspeto em que Portugal lidera, com 67%, contra os 49% europeus. Ana Nunes de Almeida sublinha o paradoxo: os pais querem tirar as crianças da rua para as protegerem dos perigos e dos predadores e "fecham-nas em playgrounds digitais onde as crianças fazem a viagem que lhes apetece pelo mundo virtual infindável". "Será um sinal de individualização e autonomia concedida pelos pais ou o resultado do fosso geracional brutal que há em Portugal em que os pais são excluídos?", questiona, mostrando-se inclinada a acreditar na segunda opção. Rita Espanha, investigadora do ISCTE, concordou com a teoria do fosso geracional, lembrando que há um elevado número de crianças que são as únicas utilizadoras de Internet em casa.

Este é um problema que conduz a outro: a falta de formação dos pais. Como frisou Rita Espanha, a pouca formação dos educadores leva-os a associar a utilização da Internet ao trabalho escolar e aceitam a sua utilização no quarto. "São pais que não sabem controlar, nem como controlar, e o domínio é das crianças", afirmou. Graça Simões, da UMIC, agência para a sociedade do conhecimento, considera que importa "controlar", não no sentido de proibir, mas de "orientar o uso", tal como se faz para ensinar a atravessar as estradas. "O mais importante é fazer um esforço visando a população em geral, familiares e professores. É necessário um olhar particular para os familiares adultos que estão arredados do acesso e uso da Internet. Temos que olhar para esta população como educadores e não fechar a área de intervenção olhando só para as crianças", afirmou.