sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

IGREJA RESTAURADA - parte 3


MATURIDADE NA PALAVRA
Base bíblica: Apocalipse 2:12-17.

Alcançar a fama e ganhar notoriedade pública no ministério, ou para a igreja, ou até mesmo a nível pessoal, parecem ser, de facto, fortes elementos de sedução. Já a Igreja de Pérgamo sofria deste mal, porque lhe faltava maturidade na Palavra de Deus, pois deixava que crescesse nela a promoção e valorização da celebridade pagã e o uso de magia em vez da centralidade cristã. A liderança da mesma deixava que ensinos estranhos operassem no meio dela – ensinos de Balaão (vers. 14) e dos nicolaítas (vers. 15).

Uma igreja fica em risco quando ela deixa que entrem outros ensinos que vão além da doutrina apostólica. Convém realçar que Satanás é astuto e que essas doutrinas erradas são introduzidas no meio da igreja como pequenas sementes que até parecem verdades, introduzidas tão sorrateiramente que com o tempo, sem darem por isso, já fazem parte do ensino da igreja.

Exemplo: Algumas igrejas para atrair crianças à sua EBD, realizam práticas de magia, ilusionismo, etc. Há igrejas que praticam os mesmos rituais que a Feitiçaria: sal grosso, rosa para tirar o encantamento lançado, água benta, broche, fita da sorte, etc. à A prática de magia geralmente se dá por meio de ritos ou rituais, símbolos e cerimónias, baseados na crença da força sobrenatural sobre o que se convenciona chamar de natural. (Por falta de espaço e tempo não me irei debruçar muito sobre este ponto, pois nos ocuparia imenso. O que nos convém realçar é a importância do conhecimento da Palavra de Deus.)

Por isso tudo, é muito importante a liderança, e não somente ela, possa estar bem preparados com conhecimento bíblico. Quando a liderança despreza o devido preparo e conhecimento, o povo tende a perecer por falta de conhecimento (Os 4:6).

A fragilidade teológica e doutrinária que as igrejas vivem é consequência directa da falta de maturidade bíblica.

Temos observado que pessoas com pouquíssimo tempo de conversão à fé evangélica, ou ainda sem o mínimo preparo teológico e até mesmo bíblico, auto-intitulam-se pastores oe/ou líderes, alugam um salão para o início das suas pregações e logo passam a ter um grupo de seguidores.

Muitas lideranças, com a ânsia de fazer crescer suas igrejas, tornam superficial o ensino correcto da Palavra de Deus, adaptando-a aos interesses dos seus ouvintes. Cada vez mais se ouvem mensagens que não implica necessariamente transformação de vida. Tem-se ouvido um evangelho sem cruz, que não requer renúncia ao pecado e nem exige compromisso.

É preciso reafirmar a suprema autoridade das Escrituras Sagradas sobre concepções e experiências. É preciso conduzir novamente a Igreja aos princípios bíblicos.

Ler, estudar e praticar os ensinos da Palavra de Deus farão com que a Igreja de Cristo não perca o propósito para o qual foi criada.

O próprio Jesus deu extrema importância na preparação dos Seus discípulos com os princípios de Deus, constituindo a Sua própria “escola de profetas”. Ele mesmo exerceu o papel de educador e de mestre de doze alunos por aproximadamente três anos, tendo a preocupação de bem treiná-los antes que fossem enviados ao campo. O apóstolo Paulo foi treinado por três anos e mais tarde criou um centro de treinamento de pastores e missionários, utilizando uma antiga escola de Filosofia: a “escola de Tirano” (At 19:9,10).

Hoje, mais do que nunca, vivemos um momento em que as igrejas cristãs precisam dar primazia ao investimento na formação bíblica e teológica da sua liderança e dos seus leigos. Investir em liderança leiga é fundamental para o desenvolvimento de um ministério pastoral produtivo, pois a igreja é o conjunto de sacerdotes que ministram a Deus e ao mundo. Pastores são sacerdotes com maior responsabilidade dentro da sua igreja.

Chega de imaturidade quanto à Palavra de Deus! Voltemo-nos para a Bíblia, para a revelação de Deus, e deixemos de lado o crescimento supérfluo que infla sem conteúdo e busquemos o alimento sólido que traz maturidade para uma vida cristã comprometida com os valores do Reino de Deus expressos em sua Palavra!
[TEMA A SER DESENVOLVIDO EM SEMINÁRIO]
(Não é autorizado o uso ou cópia sem autorização do seu autor. Obrigado.)
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AFIRMAÇÃO PESSOAL:
Acredito nos ministérios relatados em Efésios 4:11, contudo nos últimos anos tenho observado igrejas que “obrigam” seus leigos a tratarem seus irmãos pastores, como “pastor isto ou aquilo”. Todos somos sacerdotes! Ninguém é mais do que os outros, antes somos servos uns dos outros. Ninguém deve considerar-se superior aos outros, antes ser humilde e olhar-se como inferior ao seu irmão. Jesus disse aos seus discípulos que eles pertenciam a uma comunidade de pessoas que eram rigorosamente iguais e que não deveria existir nenhum tipo de interesse dominador por parte de uns sobre os outros, como estava implícito no pedido de Tiago e João. O desejo de dominar sobre outros conduz irremediavelmente a partidarismos, contendas, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensções, facções, invejas, bem como a abusos de toda a sorte (Gl 5:19-21). Deixemos a atitude de orgulho e autoritarismo que tem levado pastores a obrigarem outros a tratarem-nos de “pastores”. O cargo/título vem pelo reconhecimento. Pessoalmente não me importo se me tratam por “pastor” ou simplesmente por “irmão”. Em Cristo somos um! Sou sacerdote como todos os meus irmãos. «Quero ser só cristão. Um cristão integral!»

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