quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

REDEFENINDO TERMOS



Novos termos têm vindo a ser redefinidos no novo Cristianismo. Gostaria de ponderar sobre eles convosco. São palavras acerca das quais estávamos absolutamente certos de conhecermos o significado, de forma precisa, mas que têm vindo a ser mudados a um nível que se tornam irreconhecíveis. A manipulação é tão extensa e profissional que chegamos a duvidar se alguma vez entendemos, realmente, o significado de certas palavras.
1 - AUTORIDADE
Não existe no meio do Cristianismo nenhuma outra palavra que tenha sido mais redefenida que a palavra "autoridade". O ensino bíblico é muito claro nas afirmações que faz de que autoridade significa poder exercido de maneira apropriada (Mt 9:6; Jo 1:12; Jo 10:17,18; Jo 17:2). Todo o exercício de poder de maneira imprópria, não é exercício de autoridade, e sim de abuso.
Alguns exemplos de abuso de autoridade no meio cristão:
- Estender a autoridade da liderança a áreas da vida que ultrapassam os limites representados por questões morais e de valores apresentados na Bíblia. Ex.: Quando a liderança quer determinar com quem uma pessoa pode namorar e até casar, interferência na profissão a seguir, etc.
- Impôr sanções quando não houver submissão ao ítem anterior.
- Promover um sentimento de culpa generalizado quando não existir conformação automática aos desejos manifestos da liderança.
- Rotular as pessoas que resistem a serem manipuladas de: insubmissos, orgulhosos, rebeldes, etc.
- Manipular e torcer a Palavra de Deus na vida das pessoas.
- Confrontar de maneira permanente o pecado na vida de todas as pessoas.
- Ensinar que as pessoas devem ser julgadas pelas opiniões que possuem acerca da liderança.
- Ensinar que não existe verdadeiro discipulado fora do redir em que a pessoa se encontra.
- Ensinar que Jesus não é mais todo suficiente - Jo 6:35 - e que é necessário seguir as as muitas invencionices, nenhuma delas bíblica, diga-se de passagem, que impõe sobre as pessoas.
- Ensinar que inúmeras coisas são pecaminosas quando a própria Bíblia nada diz acerca destes mesmos assuntos.
- Ensinar que ser um verdadeiro seguidor de Jesus significa colocar a vontade de outro, normalmente a vontade do próprio líder, acima da sua própria vontade, o que vai contra o 3.º nível de autoridade (consciência).
- Transmitir a sensação de que a pessoa está realmente afundando na fé quando ela começa a considerar abandonar o redil em que se encontra.
- Fazer com que pessoas rejeitem promoções no serviço, mudança de cidades ou novas oportunidades apenas para se manterem onde estão em completa submissão à liderança.
- Torcer de maneira perversa o uso de palavras como "obediência" e "submissão".
Se alguma destas coisas acontece consigo, ou na sua igreja, cuidado!
2 - INDEPENDENTE
Ser independente significa que temos a liberdade de vivermos não como queremos e sim como devemos (Gl 5:1-13). Mas este modo de vida é muito imprevisível para os dominadores. Eles preferem estabelecer regras fixas e rígidas para seus seguidores. Nenhuma independência ou liberdade como ensinada na Bíblia são toleradas. Na Bíblia, independência e pecaminosidade não mantêm nenhuma relação directa. Paulo era bastante independente por um lado e completamente dependente de Deus por outro.
3 - OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO
Estas palavras são verdadeiras "pedras-de-toque" no jargão dos abusadores. Obediência cega e submissão inquestionável à liderança são as maiores características dos discípulos da liderança religiosa abusadora. Amor, fé e esperança são secundários, apesar da Bíblia nos ensinar exactamente o contrário!

Sem comentários: