quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A LIDERANÇA DO SERVO

(1)

“Não ajam como dominadores dos que vos foram confiados.” (I Pd 5:3)

Foi chamado para ser um líder em casa, no trabalho, ou na igreja? Almeja a liderança? Entenda isto: a geração de hoje não está disposta a submeter-se ou a seguir aqueles que praticam o velho estilo de liderança de cima para baixo, que dizem «Eu estou no comando, e quanto antes você entender isto, melhor». Não exija liderança; conquiste-a a cada dia. Como? Sendo servo! Colocando os outros em primeiro lugar e a si mesmo por último. Foi isto que Jesus ensinou e praticou. Você não foi chamado para estar no topo da pirâmide.

O modelo de liderança do Novo Testamento é uma pirâmide invertida onde você está na parte inferior, apoiando os outros, mantendo-os de pé, trazendo para fora o que há de melhor neles, deixando de lado o seu próprio conforto e desejos para servir àqueles que foi chamado para liderar para que o trabalho possa ser feito, sempre melhor. Isto significa corrigir erros com mansidão e «suprir deficiências» enquanto as pessoas aprendem. Também significa pôr a mão na massa e acumular um pouco de sujidade debaixo das unhas.

A.W. Tozer escreveu: «Um líder verdadeiro e seguro provavelmente será aquele que não tem o desejo de liderar, mas é forçado a uma posição de liderança pela pressão interior do Espírito Santo, e pela pressão da situação externa. A pessoa que tem ambição por liderança está desqualificada como líder. O verdadeiro líder não terá desejo de dominar a herança de Deus, mas será humilde, gentil, capaz de sacrificar-se e ao mesmo tempo tão pronto a seguir quanto a liderar, quando o Espírito deixar claro que um homem mais sábio e talentoso que ele apareceu».

(2)

“Cristo… esvaziou-se a si mesmo.” (Fp 2:5-7)

Se aquele que é chamado «Senhor dos Senhores» tornou-se servo de todos, como pode você, em seu juízo perfeito, pensar que deveria ser servido por aqueles a quem lidera? Paulo escreveu: «Cristo... esvaziou-se a si mesmo» (Fp 2:5-7). A reputação é importante demais para nós. Queremos ser vistos com as pessoas certas, lembrados da forma correcta, viver no bairro certo e conduzir o carro certo. Mas Cristo não agiu assim, ao contrário, Ele esvaziou-se a si mesmo. Se é obcecado pelo tamanho da sua congregação (ou de seu negócio), pelas pessoas famosas que pode contactar com um simples telefonema, pelas maravilhas de seu estilo de vida ou pela imagem que cultivou cuidadosamente, leia o capítulo 13 de João. Jesus desceu o suficiente para lavar os pés de rudes pescadores da Galiléia, e depois disse, «Eu dei o exemplo para que vós façais como eu fiz» (Jo 13:15). De quem eram os pés que Ele lavou? Eram pés de pessoas comuns. Certamente aquelas pessoas saíram dali transformadas, humilhadas por uma lição que jamais esqueceriam — uma lição que todos nós precisamos aprender!

Pedro escreveu: «Tenho uma preocupação especial quanto a vós, líderes da igreja... Eis minha preocupação: que pastoreiem o rebanho de Deus com toda a diligência de um pastor. Não por obrigação, mas porque desejam agradar a Deus. Não calculando o que podem ganhar com isso, mas espontaneamente. Não como dominadores, dizendo aos outros o que fazer, mas ternamente mostrando-lhes o caminho... Deus opõe-se aos orgulhosos, mas agrada-se de pessoas justas e humildes. Portanto, estejam contentes com o que são, e não se ensoberbeçam. A poderosa mão Deus está sobre vós; Ele os exaltará no devido tempo» (1 Pe 5:1-6).

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