sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Eutanásia para crianças é uma barbárie


por Henrique Raposo
In Expresso
 
O paraíso pós-moderno, a Bélgica, legalizou a eutanásia para crianças, ou seja, uma criança belga com uma doença debilitante pode pedir a morte medicamente assistida. Vamos lá ver se nos entendemos. Nós achamos que uma criança não tem discernimento político, é por isso que a idade política começa aos 18 anos. Nós achamos que uma criança não tem discernimento moral, é por isso que a idade criminal começa aos 16 anos. Nós achamos que ter sexo com uma criança é crime, porque consideramos que esse acto é um abuso da sua falta de discernimento. Mas, na Bélgica, esta criança já pode pedir a sua própria morte através da decisão mais absoluta e irrevogável. O absurdo lógico e moral salta à vista.
 
Como é óbvio, os pediatras belgas estão contra a nova lei, porque consideram que uma criança não tem o discernimento moral para compreender os conceitos de eutanásia, morte, para sempre. O óbvio ululante. Além disso, os médicos dizem que o pedido de eutanásia pode surgir num momento particularmente difícil, num momento de dor excruciante que pode obstruir de forma momentânea o juízo da criança e dos pais. E depois? Depois não há volta a dar, depois já não há arrependimento porque tudo acabou.
 
Vamos lá ver se nos entendemos. A conversa dos direitos humanos é para levar a sério, não é só para criticar os americanos quando eles não têm um Presidente negro. Se acreditamos mesmo nos tais direitos humanos, devemos defender sempre a inviolabilidade da vida humana, seja qual for a sua geografia, cultura ou condição genética. Um pessoa doente ou mais fraca não perde o direito à inviolabilidade da sua vida. Ora, a lei belga pressupõe o inverso e traça tagentes a uma ideia perigosa, a saber: há vidas que não devem ser vividas porque não dão prazer, porque só dão sofrimento. É a glória final e fétida do utilitarismo. A jusante, esta ideia utilitarista legitima aqueles que acham que têm o direito ou o dever de acabar com vidas imperfeitas e doentes. É o argumento que legitima a morte medicamente assistida e precoce de qualquer criança com trisomia 21, porque, ora essa, essas crianças são fracas, imperfeitas, dão muito trabalho e sofrimento à família, não são seres plenamente sencientes como nós. E o pior é que este raciocínio já não quer exterminar apenas as deficiências genéticas, também quer acabar com as indisposições psicológicas temporárias. Parece que a proposta inicial da lei belga determinava a legalização da eutanásia para crianças que estivessem fartas de viver por causa da anorexia, por exemplo.
 
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Extraído de Infovitae

Recuar ou Avançar?

Porque somos todos seres humanos, o mais certo é falharmos em muitas ocasiões no decorrer da vida.  Ninguém é “o máximo” em tudo.  Ninguém atravessará a vida com um historial limpo e absoluto de sucessos.  Às vezes, o nosso alvo é mal direccionado, o nosso julgamento falha ou o sentido de oportunidade está errado...  e acabamos normalmente por cair de cara no chão.
No entanto, o facto de cair, não faz de mim um completo falhado!  Eu nunca serei um falhado enquanto não desistir no dia-a-dia!  Perder uma batalha não significa perder a guerra.  Não marcar golos na primeira parte dum jogo não significa a derrota da equipa.  Apenas teremos de continuar o esforço de procurar vencer.  É por isso que considero que os recuos podem tornar-se em avanços!

Thomas Edison “falhou” milhares de vezes até que conseguiu encontrar os elementos certos para criar a lâmpada eléctrica.  A sua atitude era simples:  “Não falhei!  Agora conheço milhares de processos que não funcionam”.  Não rotule as suas tentativas falhadas, de derrotas.  Chame-lhes antes, “uma forma de educação!”  Pergunte a si próprio, “O que é que posso aprender desta experiência?”

Eis algumas razões possíveis para as derrotas, conforme explicado no Livro de Provérbios  (sugiro que leia o livro inteiro para conhecer todas as outras razões):

Preparamos para nós próprios uma derrota, quando...

... não planeamos com tempo.  “O homem prudente vê o perigo e evita-o;  os insensatos seguem em frente e sofrem os danos”  (Provérbios 27:12).

... pensamos que somos infalíveis.  “O coração orgulhoso há-de fracassar;  a humildade é caminho para a glória”  (Provérbios 18:12).

... temos medo de correr riscos.  “Ter medo dos homens é uma armadilha;  quem confia no Senhor está em segurança”  (Provérbios 29:25).

... desistimos cedo demais.  “O preguiçoso cobiça, mas nada consegue;  o diligente obtém o que deseja”  (Provérbios 13:4).

... não aceitamos a orientação de Deus.  “Há caminhos que ao homem parecem rectos, mas que, no fim, conduzem à morte”  (Provérbios 14:12).

Se as coisas não resultarem como esperava, seja bem vindo à raça humana.  Mas, ao invés de culpar alguém ou reclamar, ou arranjar desculpas, procure descobrir o que pode aprender através da situação e recomece tudo de novo.  Feche a porta na cara da comiseração.  Focalize nas oportunidades à sua frente;  desta forma, permita que Deus oriente cada passo em frente.  Ele tem uma forma única de ajudar a passar por cima dos nossos grandes e pequenos erros e realçar não só o que de melhor há, mas também o que podemos obter deles.

Os recuos ou atrasos tornar-se-ão avanços se permitir que Deus tome conta da situação.



Whit Criswell, ex-bancário e autor desta reflexão.  Ele compreende muito bem as pressões e o stress que acontecem no dia-a-dia do ser humano. 

Graça

Graça. A bíblia Almeida Revista e Corrigida define graça como “favor de Deus, gratuito e imerecido para a humanidade pecadora”. Por causa do pecado, a humanidade se separou de Deus, mas Deus, de forma gratuita e sem que nós merecêssemos nos deu a graça, que nos justifica do pecado e nos dá direito a vida eterna (Rm 3:24, Tt 3:7).
Em 2 Co 12:7-9 nós vemos Paulo falando sobre um espinho na carne, que era alguma enfermidade que o debilitava e algumas vezes o impedia de trabalhar. Então, ele orou a Deus, para que isso se retirasse dele, mas Deus não o fez e respondeu: a minha graça te basta. Paulo foi um dos maiores homens de Deus de toda a história e ele foi afligido por uma enfermidade e Deus disse a ele que a Sua graça era o suficiente!
Hoje, se nós olharmos para a igreja, nós vamos perceber que a graça de Deus já não é mais suficiente! A justificação de nossos pecados e a oportunidade de viver eternamente com Deus já não é mais suficiente.
Nós temos vivido em uma época onde a única coisa que nos interessa são as bençãos, as conquistas, as vitórias e nós não aceitamos nada que for menos que isso. Temos vivido um evangelho onde tudo tem que ser perfeito, grande e poderoso, onde só existem colheitas maravilhosas. Temos vivido como filhos mimados, que se Deus não faz a nossa vontade ficamos de birra! Temos buscado a Deus por aquilo que Ele pode nos dar e ainda exigimos que Ele nos dê. Quando Deus faz a nossa vontade e realiza nossos desejos nós louvamos Ele e dizemos que Ele é maravilhoso, mas se Ele deixar de nos dar uma benção, viramos a cara e não queremos mais saber de falar com Ele.
Muitas vezes, quando Deus parece não querer nos atender, bravejamos com Ele dizendo que merecemos, pois vamos a igreja todo domingo, fazemos as coisas da forma mais correta que conseguimos e etc. Mas a verdade é que nós não merecemos! A única coisa que merecemos é o inferno, pois somos pecadores! NEM A GRAÇA nós merecemos! Mas Deus, em sua infinita bondade nos concede a Sua graça!
É hora de acordarmos e pararmos de exigir de Deus a graça da graça! Isso não é evangelho! Chega de buscarmos a Deus apenas interessados nas bençãos! É tempo de buscarmos a Deus pedindo para Ele nos preparar para o campo de batalha! Deus está levantando um exército e todos nós somos parte e devemos estar aptos para a batalha.
Evangelho não é conto de fadas. Nós não vamos viver sempre em um mar de rosas. É só olharmos para a bíblia; qual herói da fé que não passou por lutas e dificuldades? A palavra ainda nos diz que nós teremos aflições nesse mundo, mas que devemos ter bom animo, porque Jesus já venceu (Jo 16:33)!
Nós precisamos aprender mais sobre Deus! Deus é um Deus bom e que nos ama. Você acha que Ele entregaria seu único filho se não nos amasse?? E em Mateus 7:11 a bíblia nos diz “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?”. Sim, Deus quer nos dar bençãos, mas uma vida cristã não se resume a isso… Ele também vai nos levar para o deserto (que é local para crescimento) e vamos passar por aflições. Por isso temos que aprender a buscar a Ele por quem Ele é e não pelo o que Ele pode nos dar.
Eu sei que posso ter sido um pouco duro no que escrevi, mas quero encorajá-los a refletirem sobre qual evangelho temos vivido. Deus tem nos chamado a viver o verdadeiro evangelho e Ele tem nos chamado para um compromisso maior com Ele, em santidade e pureza. Deus tem um novo tempo para o Brasil, mas nós precisamos fazer a nossa parte para podermos receber de Deus o que Ele tem para nos dar!
Que Deus abençoe.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Sabedoria na Escolha de Colaboradores

A maior riqueza no mercado de trabalho e no serviço da comunidade!
por Rick Boxx
O maior recurso duma organização é o seu quadro de colaboradores.  A empresa ou qualquer instituição podem ter os mais avançados produtos e serviços, volume substancial de capital, estratégias incomparáveis de marketing, boa reputação, entre outros.  Mas, sem colaboradores qualificados – tanto em experiência e capacidade, como ao nível do carácter – para levar avante a sua missão, o seu sucesso não estará de forma alguma assegurado.

Há algum tempo atrás, quando trabalhava como auditor, eu e um outro membro da equipa estávamos a correr para terminar uma auditoria a tempo de apanhar o nosso voo para casa.  Inesperadamente, aconteceu um “apagão” na energia eléctrica da cidade e não foi possível tirar as cópias dos documentos que precisávamos.  Chamei o jovem que tinha sido designado para ser o meu assistente e disse-lhe:  “Vou tentar ir à cidade mais próxima para tirar cópias.  Entretanto, quero que verifiques cada item deste questionário junto com o contabilista.  Depois, embala todos os documentos e equipamentos para partirmos assim que eu voltar”.  Quando regressei, fiquei perplexo ao encontrar o jovem a dormir profundamente à mesa da sala de reuniões.  Estava tudo por fazer e quando o acordei, começou a gaguejar algo acerca de estar numa ressaca.

Exasperado, telefonei para o nosso associado em Atlanta e disse-lhe que aquele jovem, na minha opinião, deveria ser chamado à atenção pelo seu comportamento totalmente impróprio e nada profissional.  Mais tarde, soube que eles ficaram tão embaraçados com a situação que decidiram despedi-lo.

Na Bíblia, encontramos muitas observações sábias sobre o carácter das pessoas, incluindo a sua diligência e motivação.  Provérbios 10:26 afirma:  “Como o vinagre irrita os dentes, e o fumo, os olhos, assim o preguiçoso irrita aquele que o envia”.  Com toda a sinceridade, lidar com aquele jovem tolo despertou em mim sentimentos idênticos deixando-me irritado.  Este colega desmotivado fez-me lembrar também dum outro provérbio:  “A preguiça faz dormir profundamente;  a inacção faz passar fome”  (Provérbios 19:15).  Nunca mais soube o que aconteceu com ele, mas espero que a sua demissão tenha servido para o despertar!  É que...  “Confiar uma mensagem a um insensato é como cortar os próprios pés:  só traz problemas”  (Provérbios 26:6).

Em contraste, considere o seguinte provérbio que oferece um vigoroso estímulo, tanto para quem lidera como para quem é liderado:  “Como água fresca no tempo quente da colheita, assim é o mensageiro fiel para os que o enviam, porque reconforta o ânimo dos seus senhores”  (Provérbios 25:13).

Uma vez que o quadro de pessoal duma empresa ou instituição representa a sua organização, tanto internamente como externamente, interagindo com os sócios, os associados, os clientes ou o público em geral, então é importante que os responsáveis escolham os seus colaboradores com sabedoria.  Não basta confiar apenas numa reputação profissional sólida, ou no nível de negócios que têm sido realizados no passado.  Uma fraca actuação ou uma conduta deficiente podem deixar uma impressão negativa e duradoura, muito difícil de ultrapassar.

Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, ex-executivo bancário e empresário.  Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca da integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã.

“... examinem tudo... guardem o que é bom”

(I Tessalonicenses 5:21, versão “Bíblia para Todos”)
por Jim Mathis

Conversando com um web designer, ele garantia que hoje em dia toda a gente estava a usar outro navegador de Internet, e que eu poderia melhorar o desempenho do meu sistema informático e aperfeiçoar a minha página web fazendo o mesmo.  Segundo ele, o browser que eu usava estava ultrapassado e deveria ignorá-lo.  Frequentemente, encontro amigos que falam de pessoas importantes, como eles, que usam computadores de determinada marca e que me aconselham vivamente a fazer o mesmo.

Pesquisei um pouco ― o que é muito fácil de se fazer ― e constatei que a percentagem dos que acedem aos meus sítios na net, usando o tal navegador, é de apenas 8%.  Mais de 90% usam a versão que ele disse ser antiga.  Descobri também que apenas 7% usam a marca de computadores que ele me recomendou.  Esta conclusão fez-me lembrar que é preciso cautela com as opiniões alheias.  Também me ajudou a lembrar da necessidade de ser cuidadoso ao expressar opiniões, já que podem facilmente ser verificadas e refutadas por dados concretos.

Em Actos 17:11 a Bíblia diz que “Os judeus dali [os Bereanos da cidade de Bereia] eram mais bem formados do que os de Tessalónica, pois receberam a mensagem com muito boa vontade, e todos os dias estudavam a Sagrada Escritura para verem se o que Paulo dizia era mesmo assim.”  Digamos que o acto de examinar as Escrituras para verificar os factos, revela a origem dum carácter nobre.

Não devemos aceitar cegamente o que os outros nos dizem sem procurar fazer um cuidadoso estudo por conta própria, quer seja na vida pessoal, profissional, nos negócios, decisões, etc.  Porém, é ainda mais crucial com as questões que têm consequências eternas.  Pode não fazer grande diferença o tipo de navegador que preferimos usar, mas compreender a amizade de Deus e o perdão que Ele oferece por meio da fé em Jesus Cristo, isso tem consequências extraordinárias e eternas.  Sendo assim, as nossas conclusões não podem ser fruto do acaso, nem baseadas nas opiniões dos outros.  É preciso estudar o Livro que é a fonte original do ser humano – a Bíblia.
Depois daquela conversa com o meu amigo web designer, acabei por aceitar descarregar o navegador de internet que ele recomendou e descobri que de facto oferece algumas inovações.  Mas o que usava antes tinha também as suas vantagens próprias.  Ambos são apenas ferramentas e não parece existir uma que seja universalmente perfeita para navegar na Internet.  Acho que quanto mais ferramentas tivermos à disposição, maior será o conhecimento de quando e como usar melhor cada uma.

O mesmo se aplica ao nosso crescimento pessoal autêntico.  O estudo da Bíblia é a ferramenta mais importante para aprendermos a conhecer muito sobre Deus.  A oração é outro componente eficaz para o desenvolvimento pessoal, assim como o devido encorajamento ao serviço da comunidade, o aprender nas mais variadas áreas da vida, o convívio, leitura de bons livros e outros meios afins.  Mas lembre-se sempre: 
·          -- Não acreditar cegamente em tudo o que se ouve;
·         - Filtrar e colocar à prova todos os recursos disponibilizados;
·         - Estar atento e aberto ao que Deus fala. 



Texto da autoria de Jim Mathis, director executivo do CBMC em Kansas, Missouri e, em conjunto com a esposa Louise dirigem uma Cafeteria.  Tradução de Mércia Padovani.  A equipa de revisores desta publicação é constituída por Edite e Fernando Ascenso, Emanuel Resina, Heike Gomes, João Borges, entre outros.

Questões para Reflexão ou Discussão 
1.   Quando necessita de conselhos como é que decide onde procurar?  E o que costuma fazer com as informações recebidas?
2.   Já lhe aconteceu receber conselhos de alguém com grande convicção e, depois, descobrir que ele afinal estava errado?  Quais foram as consequências disso?
3.   Muitas publicações que circulam entre os líderes no mercado de trabalho e em negócios importantes referem a importância e necessidade duma orientação divina para o bem-estar na sociedade.  Que recursos considera úteis para o crescimento e consequente bem-estar espiritual?
4.   Qual é a sua opinião sobre a metodologia usada pelos Bereanos ao conferirem a veracidade do que Paulo lhes ensinava?
Se desejar considerar outras passagens sobre o tema, consulte:  Salmos 119:9 a 11;  Filipenses 4:8 e 9;  I Tessalonicenses 5:21;  II Timóteo 3:14 a 17;  Hebreus 10:24 e 25.  (Se ainda não possui um exemplar da Bíblia sugerimos o seguinte link para consulta:  www.abibliaparatodos.pt). 

A Confissão Faz Bem à Alma

Muitos oradores profissionais compreendem que falar sobre os seus fracassos pessoais torna-os mais bem vistos e estimados pela sua própria audiência.  O problema é que para fazer isso é preciso humildade e transparência num grau que muitos não estão dispostos a alcançar.  Por isso fiquei muito impressionado ao ouvir o Sr. Chip Ingram falar num evento da “Faith Incorporated” apresentado na nossa cidade.

Ao falar sobre a importância de integridade pessoal, Ingram confessou algumas deficiências pessoais diante dum público que o ouvia.  Ele não fez apenas uma reflexão sobre incidentes dum passado distante, mas também falou de circunstâncias recentes, admitindo que não sentia orgulho em reconhecê-las.  Muitos ouvintes ficaram surpreendidos com a abertura e a sinceridade com que ele contou os seus segredos a pessoas praticamente desconhecidas.

As revelações francas de Ingram não apenas foram transparentes como instrutivas.  Ao contar a sua história, citando as próprias falhas para ilustrar o tema da integridade, ele o fez de tal maneira que serviu de exemplo vivo de humildade a todos quantos estavam no recinto.  Ao mesmo tempo, foi como se ele estivesse a dar permissão aos ouvintes para que fossem eles próprios autênticos, não se escondendo atrás de fachadas de fingimento.

No mundo profissional e empresarial, frequentemente, esforçamo-nos por impressionar as outras pessoas, tentando apresentarmo-nos sob as luzes mais favoráveis.  Preferimos manter os pecados e as falhas pessoais na sombra.  Contudo, o que Ingram fez, foi aplicar um princípio bíblico importante.  Provérbios 28:13 ensina:  “Quem dissimula os seus pecados não prosperará;  quem os confessa e se emenda será perdoado”.  Para Ingram a sua honestidade capacitou-o a encontrar misericórdia, tanto da parte de Deus como do público.  Quanto a mim, a sua palestra fez-me ter a consciência das minhas inúmeras falhas pessoais e, portanto, não desejar atirar pedras ou proferir julgamentos sobre outras pessoas.

Obviamente existem muitas razões para evitar compartilhar as nossas deficiências e fracassos pessoais com os outros:  o constrangimento e a vergonha são algumas delas.  Mas o orgulho é talvez o maior inibidor de todos.  Não queremos que os outros conheçam as nossas imperfeições, mesmo que tenhamos consciência de que toda a gente está muito distante da perfeição.  

Entretanto, o orgulho leva-nos a tentar provar aos demais que somos melhores do que realmente somos.  

 Útil será considerar duas advertências importantes que encontramos na Bíblia.  A primeira é uma declaração simples, embora solene:  “... Não há ninguém que seja justo.  Ninguém!”  (Romanos 3:10).  A segunda encontra-se no livro da sabedoria:  “O coração orgulhoso há-de fracassar;  a humildade é caminho para a glória”  (Provérbios 18:12).  A minha experiência ensina-me que é prudente guardar estes conselhos das Escrituras.  Se cometeu um pecado no trabalho, não tente ocultá-lo.  Por mais difícil que pareça ser, a confissão sincera é sempre o melhor caminho.

Os erros que cometemos têm uma forma irritante de se revelarem, às vezes, nas horas mais inoportunas.  A sabedoria sugere a adopção de uma abordagem mais proactiva, confessando as nossas falhas com sinceridade e de maneira oportuna, ao invés de esperar que elas se revelem por si mesmas de outro modo, quase sempre para nossa infelicidade.



Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, ex-executivo bancário e empresário.  Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca da integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Gratidão em Tempos Difíceis

O que é que faz quando enfrenta situações que parecem estar fora do seu controlo?  Talvez o trabalho ou a empresa não estejam a correr bem.  Quem sabe até se está a enfrentar dificuldades financeiras, ou qualquer outra situação pessoal que parece não ter solução.  O que é que faz?  Preocupa-se? 

A Bíblia oferece uma perspectiva muito interessante a este respeito e sugere que, ao invés de nos preocuparmos, deveríamos simplesmente mostrar gratidão:  Não se aflijam com coisa nenhuma, mas em todas as orações peçam a Deus aquilo de que precisam, com espírito de gratidão  (Filipenses 4:6).  Analisemos este conselho cuidadosamente:

1.  Não se preocupar por coisa nenhuma!  A preocupação não muda nenhuma situação.  É perder tempo.  Também não existe ninguém que seja preocupado de nascença.  A preocupação é uma atitude que se aprende.  Provavelmente, aprendeu isso com os seus pais, familiares, amigos, colegas ou através da sua própria experiência.  A boa notícia é:  já que a preocupação é algo que se aprende, ela também pode ser desaprendida.  Jesus disse:  Portanto, não devem andar preocupados com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã já terá as suas preocupações.  Basta a cada dia a sua dificuldade”  (Mateus 6:34).

2.  Orar por todas as coisas.  Use bem o tempo que gastaria com a preocupação, conversando com o Criador e Conhecedor de todas as coisas.  Se orar tanto quanto se preocupa terá muitíssimo menos com que se preocupar!  Algumas pessoas acreditam que Deus só está interessado em saber quantos frequentam a igreja ou quanto dinheiro doam.  ELE, porém, está interessado em todas as coisas, até mesmo com o pagamento da prestação do carro e as dores nas articulações.  Ele tem um cuidado especial com cada detalhe da nossa vida.  Isto significa que podemos conversar com Ele sobre qualquer problema que estivermos a enfrentar.

3.  Agradecer a Deus por todas as coisas.  Sempre que orar, faça-o com muita gratidão.  A emoção mais saudável do ser humano, segundo os especialistas em psicologia, não é o amor, mas sim a gratidão.  Ser grato, na verdade, aumenta a nossa imunidade ou defesas:  torna-nos mais resistentes ao stress e menos susceptíveis a doenças.  Pessoas gratas são pessoas felizes.  Por outro lado, as pessoas ingratas são miseráveis porque nada as deixam felizes.  Nunca estão satisfeitas e nada é suficientemente aceitável.  Portanto, se cultivar uma atitude de gratidão e aprender a ser grato em todas as circunstâncias, isso reduz o stress na sua vida.  

4.  Pensar nas coisas certas.  Se quer reduzir o nível da pressão na sua vida, vai precisar de mudar a sua maneira de pensar.  O modo como se pensa, determina como nos sentimos, o que, por sua vez, determina as nossas acções.  Portanto, se quisermos mudar de vida é necessário mudar aquilo em que pensamos.  Isso requer uma escolha deliberada e consciente para mudarmos os canais da nossa mente tal como mudamos os canais da TV.  Podemos escolher pensar nas coisas certas, concentrar o nosso pensamento naquilo que é positivo e na Bíblia – a Palavra de Deus.  Mas, porquê fazer isso?  Porque a causa principal do stress está na forma como gerimos o pensamento.  Pense, então, de modo apropriado e positivo para minimizar o stress na sua vida.

Quando afastarmos a preocupação, quando começarmos a orar por todas as coisas, quando formos agradecidos, quando nos concentrarmos nas coisas certas, o apóstolo Paulo assegura-nos que o resultado será:  “... a paz de Deus, que vai mais além do que nós podemos entender, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em união com Cristo Jesus”  (Filipenses 4:7).



Texto da autoria de Rick Warren , escritor e conferencista, autor do best-seller "The Purpose-Driven Life" (Uma Vida Com Propósitos), traduzido em várias línguas.