segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Confissão Faz Bem à Alma

Muitos oradores profissionais compreendem que falar sobre os seus fracassos pessoais torna-os mais bem vistos e estimados pela sua própria audiência.  O problema é que para fazer isso é preciso humildade e transparência num grau que muitos não estão dispostos a alcançar.  Por isso fiquei muito impressionado ao ouvir o Sr. Chip Ingram falar num evento da “Faith Incorporated” apresentado na nossa cidade.

Ao falar sobre a importância de integridade pessoal, Ingram confessou algumas deficiências pessoais diante dum público que o ouvia.  Ele não fez apenas uma reflexão sobre incidentes dum passado distante, mas também falou de circunstâncias recentes, admitindo que não sentia orgulho em reconhecê-las.  Muitos ouvintes ficaram surpreendidos com a abertura e a sinceridade com que ele contou os seus segredos a pessoas praticamente desconhecidas.

As revelações francas de Ingram não apenas foram transparentes como instrutivas.  Ao contar a sua história, citando as próprias falhas para ilustrar o tema da integridade, ele o fez de tal maneira que serviu de exemplo vivo de humildade a todos quantos estavam no recinto.  Ao mesmo tempo, foi como se ele estivesse a dar permissão aos ouvintes para que fossem eles próprios autênticos, não se escondendo atrás de fachadas de fingimento.

No mundo profissional e empresarial, frequentemente, esforçamo-nos por impressionar as outras pessoas, tentando apresentarmo-nos sob as luzes mais favoráveis.  Preferimos manter os pecados e as falhas pessoais na sombra.  Contudo, o que Ingram fez, foi aplicar um princípio bíblico importante.  Provérbios 28:13 ensina:  “Quem dissimula os seus pecados não prosperará;  quem os confessa e se emenda será perdoado”.  Para Ingram a sua honestidade capacitou-o a encontrar misericórdia, tanto da parte de Deus como do público.  Quanto a mim, a sua palestra fez-me ter a consciência das minhas inúmeras falhas pessoais e, portanto, não desejar atirar pedras ou proferir julgamentos sobre outras pessoas.

Obviamente existem muitas razões para evitar compartilhar as nossas deficiências e fracassos pessoais com os outros:  o constrangimento e a vergonha são algumas delas.  Mas o orgulho é talvez o maior inibidor de todos.  Não queremos que os outros conheçam as nossas imperfeições, mesmo que tenhamos consciência de que toda a gente está muito distante da perfeição.  

Entretanto, o orgulho leva-nos a tentar provar aos demais que somos melhores do que realmente somos.  

 Útil será considerar duas advertências importantes que encontramos na Bíblia.  A primeira é uma declaração simples, embora solene:  “... Não há ninguém que seja justo.  Ninguém!”  (Romanos 3:10).  A segunda encontra-se no livro da sabedoria:  “O coração orgulhoso há-de fracassar;  a humildade é caminho para a glória”  (Provérbios 18:12).  A minha experiência ensina-me que é prudente guardar estes conselhos das Escrituras.  Se cometeu um pecado no trabalho, não tente ocultá-lo.  Por mais difícil que pareça ser, a confissão sincera é sempre o melhor caminho.

Os erros que cometemos têm uma forma irritante de se revelarem, às vezes, nas horas mais inoportunas.  A sabedoria sugere a adopção de uma abordagem mais proactiva, confessando as nossas falhas com sinceridade e de maneira oportuna, ao invés de esperar que elas se revelem por si mesmas de outro modo, quase sempre para nossa infelicidade.



Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, ex-executivo bancário e empresário.  Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca da integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã.

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