sábado, 13 de julho de 2013

Saber Chegar à Meta Final

Enquanto assistia a um evento desportivo num final de semana, na minha opinião, tornou-se evidente que é preciso jogar a partida completa, quer isto signifique os quatro quartos, como no futebol americano e no basquetebol;  dois tempos como no futebol;  três períodos no hóquei;  nove “entradas” (ou mais) no basebol;  ou 18 buracos no caso do golfe.  É bom construir uma boa vantagem no início mas, ainda assim, é preciso jogar até ao final da partida.

Com frequência, os períodos finais numa competição são cruciais.  Na partida a que me referi, entre dois grandes rivais, o resultado só ficou definido apenas a dois segundos do final.  Ao alcançar uma vitória quando a derrota parecia mais que certa, tornou-se evidente que, mesmo os últimos segundos da disputa são de extrema importância.

Já entrei na idade dos 60 anos.  Seja qual for o modo de olhar este acontecimento, é verdadeira a afirmação de que estou na última “secção” da vida e, seguramente a última dos meus anos mais produtivos.  Tudo o que passar dos 80 serão “prolongamentos”.  Mas aos 61, estou definitivamente a começar a jogar o meu último tempo da partida da vida.  Entretanto, o facto de deixar o tempo correr, fazer jogadas de pouco risco, como às vezes ocorre no futebol, não me parece prático ou digno de um bom atleta nesta altura da minha vida, mesmo que tivesse, digamos, uma boa vantagem a meu favor.

Muita gente na minha idade já está de olho no “relógio”, raciocinando na evidência de estarem a deslizar fácil e rapidamente para o encerramento.  Ou seja, já desistiram de viver no seu melhor ou estão no processo de o fazer.  O curioso é eu estar a sentir-me melhor do que nunca.  Não estou nada cansado.  Sinto-me mais criativo e conheço mais do que conhecia antes.  É apropriado rever o meu “plano de jogo”, fazer melhores escolhas ou jogar como se o resultado ainda fosse incerto.  É importante que eu não deixe o relógio correr apenas!  Não, de modo nenhum!  O apóstolo Paulo faz uma analogia entre a vida e a corrida desportiva, enfatizando a importância de se completar todo o percurso até ao final:  Não sabem que no estádio todos os corredores tomam parte na corrida, mas só um é que recebe o prémio?  Corram, portanto, de maneira a poderem recebê-lo (1 Coríntios 9:24).

Aparentemente, tal como acontece com os veículos motorizados, achamos que a certa altura da vida podemos desengatar a mudança em ponto morto, prosseguir embalados até à linha de chegada e ainda assim vencer a corrida.  Esta é uma ideia relativamente nova, dos séculos XIX e XX.  A Alemanha foi o primeiro país a estabelecer a ideia de aposentação em 1880.  Hoje em dia, muitas pessoas (se não a maioria) nos países industrializados, consideram a idade da reforma como um direito básico.  Continuar ou não a trabalhar, depois duma certa idade, é uma decisão pessoal.  Deveríamos, contudo, empenhar-nos em servir a Deus e aos outros de forma produtiva, enquanto formos capazes de fazê-lo!

Na carta bíblica escrita por Paulo e Timóteo aos habitantes de Filipos, uma cidade da Macedónia, a nordeste da Grécia, encontramos a seguinte afirmação:  “Deste modo, caminho em direcção à meta para obter o prémio que Deus nos prometeu dar no Céu por meio de Cristo Jesus”  (Filipenses 3:14).

Paulo compreendeu que, na sua idade avançada, a corrida ainda não tinha acabado.  Assim, ele estava determinado a prosseguir até que a sua vida na terra terminasse completamente.
Quanto a mim, também pretendo jogar com todo o empenho até ao apito final, buzina, fita de chegada, trombeta de Gabriel ou seja lá o que for que sinalize o encerramento.  Devemos isso ao Grande Treinador, à nossa equipa ou comunidade e a nós mesmos;  à nossa família, amigos, empregadores ou responsáveis, colegas de trabalho e a tantos outros que confiam em nós e no nosso exemplo.

O propósito único da vida deve ser este:  jogar a partida até ao seu derradeiro final!


Texto da autoria de Jim Mathis, director executivo do CBMC em Kansas, Missouri, EUA e, em conjunto com a esposa Louise dirigem uma Cafeteria.

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