Muitas
vezes fico perplexo por ver como pequenas frustrações no ambiente de
trabalho se avolumam e resultam numa atitude desastrosa na hora de irmos
para casa. Salomão, o sábio rei de Israel, escreveu as seguintes
palavras há milhares de anos atrás: “Apanhem as raposas, as raposas pequenas, que devastam as nossas vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor”
(Cântico dos Cânticos 2:15). Cada local de trabalho tem os seus
problemas exclusivos, questões que podem surgir para arruinar o mais
agradável e pacífico dos dias.
Tenho
andado a aprender que as frustrações que experimentamos no trabalho ou
em qualquer outro meio, geralmente pertencem a três tipos:
Interrupções.
Surgem sob a forma de visitas inesperadas ou telefonemas (tal como o
que recebi agora enquanto escrevia esta frase). Elas têm um modo
sinistro de aparecer, normalmente quando temos um prazo fatal a cumprir
ou um assunto importante a requerer toda a nossa atenção e tempo. Mesmo
com todos os cuidados mais estratégicos para as evitar, isso nada
impede que os melhores planos sofram aquelas malfadadas interrupções.
Inconveniências.
As interrupções aparecem sob a forma de pessoas, mas no geral, as
inconveniências envolvem coisas – os recursos e as “conveniências” ou
serviços modernos que nos abandonam em queda livre quando deixam de
funcionar. É a fotocopiadora que avariou e é preciso repará-la. O
trânsito que nos deixa bloqueados e incapazes de chegar a tempo para a
reunião marcada. Ou quando não encontramos um documento, o ficheiro
importante para...
Irritações.
Geralmente são causadas por atrasos dos mais variados: pessoas em
quem não devíamos ter confiado por não cumprirem o que prometem; o
“jogo do empata” quando é necessário falar com alguém e a conversa nem
anda para a frente nem para trás; uma doença sem gravidade, mas que nos
deixa de rastos; alguns clientes que não reconhecem o serviço que
procuramos fazer com a melhor das intenções e esforço.
Quer
nos agrade ou não, as interrupções, as inconveniências e as irritações
são uma boa parte da vida. Não vale a pena tentar porque não é possível
eliminá-las. Garanto que vai ter que enfrentar esses três tipos de
frustração ao longo desta semana. Contudo, embora não seja possível
evitá-las, podemos aprender a impedir que nos causem o stress desnecessário. Qual é o segredo para lidarmos bem com as frustrações?
Não lhes resista. Aceite-as! Não reaja dum modo exagerado, nem tenha uma explosão de raiva.
Não fique ressentido. Não as intensifique, interiorizando a ira.
Não se resigne. Recuse-se a ser indulgente caindo na auto-piedade por causa dum obstáculo inesperado.
Reduza a sua importância.
Trate-as como relevantes, mas sob a devida perspectiva. Considere-as
pequenas contrariedades que fazem parte da vida e não como calamidades.
A
Bíblia ensina que uma das características da sabedoria é a paciência.
Precisamos olhar as circunstâncias sob a perspectiva de Deus. Quando
estou em sintonia com Deus, lembro-me que Ele tem todas as coisas
debaixo do Seu controlo, embora eu não as tenha. Tal como Gálatas 5:22
nos ensina: “O Espírito, pelo contrário, produz amor, alegria, paz, paciência...”
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