Há alguns anos atrás, a Comunidade de Mission Viejo,
na Califórnia, lançou uma campanha publicitária para atrair compradores
para os seus imóveis. A campanha usava frases do género, “Missão
Viejo: a Califórnia mais desejada”, ou “Um lugar para viver uma boa
vida”. Penso que todas as culturas procuram dar destaque a uma “vida
boa”, duma maneira ou doutra. Em italiano, chamam-lhe “la dolce vita” –
ou seja, “a doçura da vida”. Todos nós ansiamos por uma vida boa,
certo? Muito embora seja uma frase batida imagino quantos se deram ao
trabalho de definir o que a “vida boa” é ou o que deveria ser na
realidade. Ora vejamos:
Ter uma boa aparência.
Algumas pessoas confundem “vida boa” com a boa aparência. Estão
preocupados com o exterior como se isso fosse o que realmente
interessasse na vida. Algumas culturas idolatram a beleza e valorizam o
lado atraente. A propaganda tira proveito disso sabendo que a promessa
duma boa aparência leva homens e mulheres a gastar biliões em produtos
de beleza, clínicas de bronzeamento, cirurgias plásticas, lipoaspiração,
a última moda em vestuário e combinação de cores...
O sentir-se bem.
Para outros indivíduos, uma “vida boa” significa possuir um sentimento
de bem-estar. O objectivo é minimizar o sofrimento e maximizar o
prazer, usando quaisquer meios como um direito que têm: banhos de
imersão, festas e parques de diversão, drogas, experiências de realidade
virtual, viagens pelo mundo, filmes e apresentações musicais... O
fornecimento de prazer e entretenimento tem crescido e se tornado numa
das grandes áreas de actividade económica em alguns países. Já todos
ouvimos falar do lema musical dos anos 60 - “se te faz sentir bem,
aproveita ao máximo!” – o qual se transformou numa filosofia abraçada
por muita gente.
Possuir muitos bens.
Existem ainda outros que associam a “vida boa” à posse de bens
materiais. A sua maior ambição é juntar todas as coisas boas, ou pelo
menos, o maior número possível. Ganham o máximo de dinheiro que
conseguem, para gastá-lo o mais rapidamente possível. Há os que
acreditam que, tal como uma mercadoria, a “vida boa” é algo que pode ser
comprado.
Mas
nada disto satisfaz completamente! Não importa o que se faça, é
impossível impedir o cansaço e o processo de envelhecimento. O prazer é
um subproduto duma vida boa e nunca o seu objectivo. De facto, o melhor da vida não são as coisas!
Bem,
mas afinal, o que é uma “vida boa” na sua verdadeira essência? A
realização pessoal, a alegria de ser bom e fazer o bem; É o resultado
da descoberta e de tornar-se exactamente no que Deus planeou para si.
Seguramente nada mais poderá preencher o vazio que vai na alma! A
Bíblia diz: “Somos a obra-prima de Deus. Ele criou-nos de novo em
Cristo Jesus, para que possamos realizar todas as boas obras que Deus
planeou para nós” (Efésios 2:10 – versão O Livro). Ao usar a sua
vida ao serviço de Deus, conhecendo-O melhor e confiando n’Ele, fará com
que se sinta bem consigo mesmo, servindo os outros na comunidade à sua
volta. Isto é que é ter uma vida fabulosa! Não permita que alguém o
engane, levando-o a pensar que é outra coisa completamente diferente.
Jesus
anunciou que veio para nos dar vida, isto é, tornar possível a
experiência única duma vida abundante e de forma plena: “... eu vim
para dar vida, e com abundância” (João 10:10).
Ele também declara que temos essa vida abundante aqui e agora, na medida em que confiarmos a Deus cada detalhe dela.
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