sexta-feira, 7 de maio de 2010

Uma carta à Mãe

Uma carta especial dirigida a todas as Mães...

Para ti... Minha Mãe!

O meu dicionário define-te como “mulher que deu à luz um ou mais filhos, ou mulher que dispensa cuidados maternais”. Mas ensinaste-me a não me satisfazer com pouco. E isto é pouco para te definir... Perguntei a alguns amigos como definiam mãe. Vê o que eles disseram:

“Mãe é o ser que nos ama incondicionalmente. É alguém com quem posso contar em todas as ocasiões. Alguém que me tem muito amor.”

“Mãe é a melhor definição de amor! É o bem mais precioso que Deus nos deu. Pertence ao interior do nosso coração e fica lá dentro cada dia, estimando-nos com carinho.”

“É comum dizer-se que mãe há só uma. A verdade é mesmo essa. A nossa é única, para nós.”

Mas sabes, mãe, às vezes, quando olho para trás e me lembro de tudo o que passámos juntas… especialmente naqueles momentos em que me repetias constantemente: “Vai estudar! Só pensas na brincadeira! Só comes o que não deves!”, pensava para com os meus botões: um dia, quando for mãe, nunca vou fazer isto aos meus filhos! Ainda não sou; mas já te compreendo bem melhor… Tudo era para o meu bem! Tenho de reconhecer que sou muito ingrata. Mas também tens de compreender que os filhos são mesmo assim, não é?

És uma segurança para mim. Posso perder quase tudo, mas o teu amor eu sei que não corro o risco de perder. Por mais disparates que faça – e tu sabes que são muitos! – encontro em ti a mão de que preciso, a ajuda para reconhecer que errei, onde errei e porque errei! Por isso confio em ti, mãe, porque me ensinaste o conceito de confiança. Foste e continuas a ser a minha melhor professora.

Nós, os filhos, dizemos muitas vezes – meio a sério, meio a brincar – que as mães andaram todas na mesma escola. Infelizmente para muitos não andaram… Eu tenho o privilégio de estar entre aqueles que têm mãe, e uma mãe que me ama e me ajuda a preparar para a vida. Por isso te aprecio tanto!

Sabes o que gostaria de te poder dar? Um jardim cheio de rosas, de todas as cores, tamanhos e feitios… Só que nenhuma dessas rosas teria espinhos, para que não te picasses! Às vezes, mãe, sinto que te pico, e vejo o quanto te dói… Desculpa! Eu sei que esta é uma palavra a que tu estás habituada, mas é sempre sentida.

Gostava de saber pintar, para te oferecer uma pintura. Não na parede lá de casa, fica sossegada! O que poderia pintar que melhor definisse o que sinto por ti?! Já sei: o mar – é grande, é profundo, é rico em vida! Mas tenho medo de não conseguir pintar bem. E não quero que me ajudes nesta tarefa!

Poderia construir algo com as minha mãos! Talvez uma peça em barro. Uma jarra para colocares flores. É uma boa ideia! Mas também não tenho habilidade para isso.

Já tentei escrever um poema, mas entre as minha veias não encontro nenhuma em que corra sangue cheio de poesia…

Posso sempre comprar-te uma coisa linda. Talvez um lenço! Ou um livro! Mas, para isso, preciso de dinheiro, e não tenho o suficiente para te dar o que mereces…

Queria dar-te algo especial. Mas o quê? Não sei pintar, nem construir; não tenho dinheiro nem veia poética…

Acho que vais ter de te contentar com estas linhas, escritas sem rima… Podem ser simples, mas são sentidas. Podem ser poucas, mas são profundas. Podem não ser tudo o que mereces, mas são tudo o que tenho para te dar. Como o teu amor por mim…

Obrigado por seres minha Mãe!

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