quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Famílias Numerosas

"Emergência Social" não tem que aumentar injustiça

Comunicado

É um erro colossal atacar as famílias com filhos. "Emergência social" não tem que aumentar injustiça.

1. A desastrosa situação económica a que o país foi conduzido leva, naturalmente, a não podermos escapar a que sejam tomadas medidas de emergência.

A Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN) sabe isso muito bem.

2. A APFN sempre esteve na linha da frente na denúncia da irresponsabilidade com que o país foi conduzido nos últimos anos. A APFN sempre alertou contra o plano inclinado em que o país estava a ser colocado, mesmo quando governos anteriores garantiam a sustentabilidade do sistema de Segurança Social para os próximos 50 anos (!) e os propagandistas do regime, pintados de “comentadores políticos”, lançavam “hossanas” às medidas adoptadas.

A APFN não se cansou de lançar “avisos à navegação”, quer em comunicados públicos, quer em conferências e seminários. A APFN sempre avisou dos perigos para que nos levavam, quer em reuniões com governantes e oposição, quer em comunicações escritas a todos os grupos parlamentares, alertando para que não só era insustentável a segurança social, como o próprio país, e explicando porquê.

Muitos desses “avisos à navegação” poderão ser encontrados em arquivo no nosso site.

3. O facto de termos chegado a uma situação de emergência, obviamente obriga a medidas de emergência. Mas estas medidas não terão obrigatoriamente que agravar a injustiça, aumentando ainda mais a pressão sobre as famílias com maiores encargos de primeira necessidade, de forma desproporcionada relativamente às que têm menores encargos e, como tal, maior folga orçamental.

4. Vemos com preocupação o colossal aumento de bens de primeiríssima necessidade, como é o caso da electricidade, gás e transportes públicos, que, obviamente, serão tanto maiores em valor absoluto quanto maior a dimensão da família e mais elevado o número de dependentes a cargo.

5. Pior ainda, foi com enorme surpresa que a APFN tomou hoje conhecimento que a dimensão das famílias foi totalmente ignorada para o cálculo do “rendimento mensal equivalente”, o que fará aumentar ainda mais a fortíssima política anti-família e anti-natalista a que as famílias com filhos têm vindo a ser submetidas.

O desprezo pelo Governo da dimensão do agregado familiar será uma omissão colossal.

6. A APFN apela a que, para o cálculo do “nível de rendimento” das famílias, seja, ao menos, usado o método em vigor para o cálculo dos escalões do abono de família, isto é, rendimento familiar a dividir por esta fórmula: [1 + 0,7 (no caso de haver cônjuge) + 0,5 X (número de filhos)].

Esta fórmula é, em rigor, injusta e a APFN sempre lutou pela sua revisão em favor de uma capitação propriamente dita ou de outra fórmula mais justa, na medida em que aquela fórmula penaliza as famílias com filhos em tanto mais elevado grau quanto maior for o seu número – ou seja, penaliza-as tanto mais quanto, ao contrário, maiores são as suas necessidades.

Mas, na verdade, apesar de injusta, essa fórmula é melhor do que nenhuma como o Governo parece agora considerar para efeitos da política social de transportes: sempre é melhor considerar-se, ao menos, que um filho é igual a meio filho do que pensar-se que um filho é igual a nada, absolutamente zero.

7. A APFN aproveita esta oportunidade para perguntar o que se passa com o “visto familiar”, anunciado há poucos meses no programa do Governo como medida de crivo normativo em Conselho de Ministros < http://www.agenciafinanceira.iol.pt/politica/familias-seguranca-social-programa-do-governo-conselho-de-ministros-governo-tvi24/1263201-4072.html >, uma vez que a APFN não pode acreditar que estas medidas anunciadas possam ter obtido (ou possam vir a obter) esse “visto”.

Lisboa, 30 de Agosto de 2011

APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
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sábado, 30 de julho de 2011

O amor do pai

Video extraordinário.

http://www.godtube.com/watch/?v=F9FC01NU

It can be impossible to truly comprehend just how deep the Father's love for us is, but every now and then, a great reminder will come along to allow us to catch a glimpse. This video paints a perfect picture of His unconditional love and grace for us. While we are selfish, undeserving and sinful children, our Father loves us so much, He sent His perfect Son to die for us. Grab the tissues--this video will touch you deeply. Romans 5:8 but God shows his love for us in that while we were still sinners, Christ died for us. Share this powerful video with someone you love that needs to hear this message.

This video is from a Thailand.

Templos que viraram boate e bar na Europa

Em antigas e tradicionais igrejas da Europa como em Dublin, Liverpool e Amsterdã, os Templos e Catedrais vazios se transformaram em ambientes de farras, bebedeiras e prostituição. O atrativo passa longe do turismo religioso, onde o gospel só toca se for na pista de dança e o menu de bebidas vai além do vinho The Church.

Os templos são lugares praticamente obrigatórios na lista dos turistas, seja pelos aspectos religiosos ou pelas características históricas e arquitetônicas. Alguns, no entanto, têm um motivo mais profano para serem visitadas, onde se transformaram em bares. Nisso, saem os cânticos religiosos, e entram os DJs.





Em Dublin


Um dos templos convertidos, o St. Mary Church, deu lugar ao bar e restaurante The Church, em Dublin, na Irlanda, atraindo cerca de 600 mil pessoas por ano. Construída no começo do século 18, ele funcionou como templo religioso até 1963, tendo sido frequentado até por personalidades como Jonathan Swift, autor de As viagens de Gulliver.


Nele também foi realizado o casamento de Arthur Guinness, criador da cerveja famosa, disputadíssima na casa. A ideia de transformar o prédio, que caía em ruínas, foi do dono de um bar do outro lado da rua.


O edifício passou por uma meticulosa reforma que durou sete anos até ser reaberto em 2005 como John M. Keating’s Bar. Dois anos mais tarde, foi revendido e ganhou o nome atual. Segundo a gerente de vendas da casa, Una Connolly, a transformação raramente ganha comentários negativos: “Os moradores receberam o The Church como um grande trunfo para a área, trazendo vida para a vizinhança”.


O The Church conta com vários ambientes. No mezanino fica o restaurante, de onde se vê o órgão construído por Renatus Harris, famoso fabricante do fim do século 17. A torre e o porão estão destinados a festas particulares – a reserva exclusiva para o subsolo, que comporta 100 pessoas. Há ainda o café, o terraço – que abre entre os mêses de Maio a Setembro, sempre que o tempo permite – e a casa noturna The Club @ The Church, que tem entrada gratuita, toca sucessos comerciais e R&B.

Em Liverpool

A música gospel não foi deixada totalmente de lado no bar e restaurante que ocupou o prédio da Igreja St. Peter e levou o espírito cubano para a cidade inglesa. Aos domingos, o Alma de Cuba oferece brunch com o coral gospel Soulful Voices.


O resto da programação é, digamos, mais profana. Há aulas de salsa, noites latinas e festas carnavalescas. A Orquestra Buenos Tiempos, que lançou o CD da casa, tem hits como Praise you, do Fatboy Slim e We No Speak Americano, em versão cubana.


O lugar faz sucesso. Em 2008 e 2009, ganhou dois cobiçados prêmios como melhor point e melhor bar e restaurante. Ninguém que assistiu ali um culto no fim dos anos 1990 – poderia imaginar que este seria o destino do templo que foi fundado em 1788.


Um altar com afrescos de 200 anos segue no local, mas a influência religiosa acaba por aí. A não ser que você considere os dez mandamentos da casa, que vêm escritos no menu. Basta decorar dois para aproveitar melhor o paraíso: “Você até pode chegar sozinho, mas deve se esforçar para nunca sair sozinho” e “Não se surpreenda ou fique triste com o preço da vodca dupla com RedBull, um coquetel que eles dizem que é muito melhor para a alma”. Curiosa é a “participação especial” brasileira: o cardápio tem a imagem do Cristo Redentor e drinques como o Ipanema Batida.



Em Amsterdão

Na capital holandesa, o templo acabou sendo engolido por um quatro estrelas. Fundado em 1992, o Hotel Arena, que atualmente adota o conceito de lugar feito para dormir, beber, comer e badalar, ocupa o espaço do antigo Orfanato Saint Elisabeth, construído em 1890. O templo é hoje uma casa noturna, que mantém alguns afrescos e tem programação aberta ao público dez vezes ao mês – nos outros dias, é reservada para festas privadas. Nas pistas, as picapes tocam de salsa a eletrônica.



Em Nova York

Ele nasceu como templo, foi um dos primeiros a ser ocupado por uma casa noturna, e agora, virou templo do consumo. Trata-se da Episcopal Church of Holy Communion
, que a partir de 1983 ficou conhecido como a boate The Limelight. A casa ganhou até música de Steve Taylor – This Disco (Used to be a Cute Cathedral), algo como “Esta boate era uma bela catedral”. Hoje, o cantor teria de mudar a letra. Depois de uma reforma de U$S 15 milhões, o prédio foi rebatizado de LimeLight Marketplace. Com quase 50 lojas, preserva pouco da antiga balada, mas mantém os vitrais do templo religioso.



Fonte: Bp. Silvaldo Coelho (IMW)

domingo, 26 de junho de 2011

Arrebatamento da Igreja é uma Utopia

Pastor Ricardo Gondim afirmou que o arrebatamento da Igreja é uma utopia.

Site: http://www.overbo.com.br/pastor-ricardo-gondim-afirma-que-o-arrebatamento-da-igreja-e-uma-utopia/


Engano no meio cristão - Teologia do Processo

A Teologia do Processo (também conhecida como Teologia Neoclássica) é uma escola de pensamento influenciada pela filosofia do processo, de Alfred North Whitehead.

Postulados


- Deus não é onipotente no sentido de ser coercivo.
- A realidade não é feita de substâncias materiais, mas por eventos ordenados por uma série, que são experimentais na natureza.
- O universo é caracterizado pelo processo e mudança, carregado pelos agentes do livre-arbítrio. - Auto-determinação caracteriza tudo, e não apenas seres humanos. Deus não pode forçar nada a acontecer, apenas exercer seu livre-arbítrio, possibilitando novas possibilidades.
- Deus contém o universo, mas não é idêntico a ele (panenteísmo).
- Por Deus conter o universo, este está em mudança, Deus muda, é afetado por aquilo que acontece no universo.
- Teísmo dipolar, a idéia de que um Deus perfeito não pode ser limitado por certas características.
- Em relação a vida após a morte, há divergências se as pessoas experimentam uma experiência subjetiva, ou uma experiência objetiva.

Engano no meio cristão - Teísmo Aberto (2)

Teísmo Aberto é a teologia que nega a onipresença, a onipotência e a onisciência de Deus.

Seus defensores apresentam outra definição onde afirmam pretender uma reavaliação do conceito da onisciência de Deus, na qual se afirma que Deus não conhece o futuro completamente, e pode mudar de idéia conforme as circunstâncias.

Afirmam também, alguns defensores, que o termo “Todo-poderoso” não pode ser extraído do contexto bíblico pois, segundo eles, a tradução original da palavra do qual é traduzida tal expressão havia se perdido ao longo dos séculos.

O Teísmo Aberto tem origem na Teologia do Processo. Surgido na década de 30, a Teologia do Processo, tendo como principais representantes Charles Hartshorne, Alfred North Whitehead e John Cobb, é uma tendência filosófico-teológica chamada panenteísmo, que consiste na aproximação do pensamento teísta e panteísta; herdando as características de tais inovações mais filosóficas que teológicas, surgindo a seguir o Teísmo Aberto.

O termo Teísmo Aberto teria sido cunhado pelo adventista Richard Rice em 1979, quando publicou pela Review and Herald Publishing, o livro "A Abertura de Deus: a Relação entre a Presciência Divina e o Livre-arbítrio" (The Openness of God: The Relationship of Divine Foreknowledge and Human Free Will).

Jonh MacArthur, no ensaio Megamudança Evangélica [1] chegou a apontar para o surgimento desse ensino tendo origem em Robert Brow, através de preleções em praça pública.

Apesar das origens na Teologia do Processo, na década de 1930, e das afirmações de Jonh MacArthur, em 1990, só houve uma infiltração desse modelo teológico no meio evangelical em 1986, por intermédio de Clark Pinnock, num ensaio denominado "Deus Limita seu Conhecimento" [God Limits His Knowledge] [2]

Clark Pinnock e John Sanders tornaram-se os principais teólogos defensores desse ensino que ainda brota em diversos meios de divulgação da filosofia cristã.

Luiz Sayão, da revista Enfoque Gospel, em matéria sobre o tema[3] resume uma frase a sucinta explicação do Teísmo Aberto para quem não conhece teologia: “Teísmo Aberto representa uma reação exagerada contra o calvinismo”.

O Teísmo Aberto defende que Deus se relaciona intimamente com o homem, em detrimento de sua onisciência que seria prejudicada com a dádiva do livre arbítrio; Deus saberia o futuro, mas não todo o futuro, pois esse futuro ainda não teria existência na presença de Deus, dado o livre arbítrio do homem concedido por Deus.

Os defensores da Teologia Tradicional afirmam que seria um completo absurdo Deus se despojar do direito de saber todas as coisas, pois, sendo assim, Deus viveria incertezas, não tendo controle sobre os eventos futuros do Universo.

Contudo, defende o Teísmo Aberto que Deus é Todo-poderoso exatamente por causa desse despojamento, visto que mesmo tendo ausência de controle sobre as escolhas humanas, Deus é capaz de governar o futuro vaticinado. Ou seja, exatamente porque Deus não se preocupa em estar no controle de suas criaturas é que ele demonstra estar realmente no controle.

Tudo teria surgido na bem intencionada apologética de alguns teólogos de livrar Deus da maldade existente no mundo, como explica Luiz Sayão, lingüista e hebraísta pela USP, é uma teologia tipicamente Norte Americana: prática e simples. Em outra curta frase apresenta as conclusões do Teísmo Aberto: “Deus precisa deixar de ser Deus, tornando-se menos onipotente e onisciente para que não seja responsabilizado pelo sofrimento do mundo” .[4]

O teísmo Aberto não rendeu muitos adeptos e minguou sua divulgação, ou se restringia o debate em “salas” de teologia. No Brasil, quase não se conhecia sobre o assunto senão em salas teológicas até bem pouco tempo, quando dois expoentes do meio evangélico escreveram sobre a impossibilidade de onisciência plena de Deus. Por um deles ser membro maior congregação religiosa entre os evangélicos, a Igreja Batista, congregação das mais conservadoras entre os protestantes, o assunto causou polêmica. Seriam eles Ricardo Gondim e Ed René Kivitz. Surgiu então uma variedade de debates em blogs e salas de debate sobre o assunto, sendo os mesmos "acusados" de apóstatas da fé.

Oficialmente, afirmam que Deus é onisciente, contudo mesmo alguns estudiosos que saltam em defesa desses homens ousados e contestadores, expõem defesas apontando em direção ao Teísmo Aberto, ou parcialmente. Alguns questionamentos que conduzem a essa temática, recentemente apresentada por Paulo Brabo são:

“O que alguém está realmente dizendo quando recorre a abstrações como “Deus é eterno por natureza”? O que é ser eterno por natureza? O raciocínio pode ser considerado um guia claro para a natureza da eternidade? O que é ser onipresente? Pode Deus estar presente em lugares que não existem? O futuro é um lugar? O futuro existe? Faz sentido falar do futuro como algo além de possibilidade? Faz sentido esperar que a perspectiva do tempo seja capaz de produzir vislumbres acurados sobre a natureza da eternidade? Faz sentido esperar que Deus faça sentido racional? Podemos tirar conclusões seguras a respeito de Deus a partir do raciocínio dedutivo?”[6]

Os defensores procuram caminhar em direção ao “Teísmo Aberto” sem, contudo defender tal corrente teológica abertamente. Outros sugerem que Ricardo Gondim teria cunhado o termo “Teologia Relacional”, para defender parcialmente o Teísmo Aberto, contudo é sabido que a expressão fôra usada anteriormente por Clark Pinnock.

Na “Teologia Relacional”, defende-se a exclusão da interferência do Ser Supremo nas escolhas de suas criaturas, em detrimento do saber absoluto de Deus.

A tese dos defensores da Teologia Relacional, mais que apresentar uma formulação e a defenderem, consiste primordialmente em criticar os conceitos estabelecidos pelo calvinismo. Quase toda a apresentação é voltada para uma argumentação crítica sem contudo firmar posição.
Na defesa de Ricardo Gondim, Paulo Brabo nega que seja defensor do Teísmo Aberto quando afirma:

“Como Gondim e Kivitz, prefiro a confortável posição de denunciar o calvinismo sem endossar a doutrina do Teísmo Aberto – doutrina que é no fim das contas tão limitante e extrema quanto a que pretende invalidar. Agir diferente seria glorificar uma ortodoxia em detrimento da outra; desmanchar um ídolo para colocar outro no lugar.” (Considerações de Paulo Brabo sobre Calvinismo e Teísmo Aberto)

Contudo, teólogos como Eduardo Joiner e muitos outros fizeram variadas críticas ao calvinismo sem, entretanto, abandonar os atributos da onisciência ou imutabilidade de Deus.

O próprio Ricardo Gondim, depois de alegações que estaria apostatando a fé, em uma das defesas que faz de seu credo, escreve com todas as letras que Deus é onisciente, onipresente e onipotente. Ainda que depois dessa declaração faça uma limitação em função do livre arbítrio e da bondade de Deus apresentar um futuro a ser escolhido pelo homem. Segundo ele, o homem tem livre escolha do bem e do mal, e a bondade de Deus em conceder liberdade ao homem impediria, moralmente, o Soberano de intervir e estabelecer os eventos futuros. Em sua defesa, Paulo Brabo apresenta que se há maldade no mundo, Deus não seria o construtor dessas desgraças e destruição. O livre arbítrio do homem o levara ao futuro estabelecido pelo próprio homem e Deus não teria participação nos eventos catastróficos e malévolos desse século.

As explicações da Teologia Relacional consistem em apresentar críticas sobre a teologia tradicional, que estabeleça que Deus está no controle de tudo.

Já Charles Haddon Spurgeon, pastor batista calvinista do século XIX, defende que o livre arbítrio do homem é ilusório, e que até mesmo a capacidade de fazer o bem por parte do homem tem a interveniência do Espírito de Deus, assim, o livre arbítrio humano seria absurdo, fazendo duras críticas à teologia arminiana, defensora do livre arbítrio.

“Em livre-agência nós podemos crer, mas livre-arbítrio é simplesmente absurdo”.[7]

Tal posição é criticada pelos defensores da Teologia Relacional, que afirma que a restrição do livre arbítrio depreciaria o atributo mais excelente, segundo eles, o amor de Deus; e que se o homem não tem completo livre arbítrio, Deus não seria bom. Afirmam que Deus, em sua santa bondade se permite relacionar com o homem sem interferir nas suas escolhas. Assim, defende a Teologia Relacional, que não teria como Deus saber de algo que ainda não existe: um futuro a ser escolhido pelo homem. Para sustentar tais teses, os defensores da Teologia Relacional afirmam que Deus “se esvazia” de sua soberania para se relacionar com o homem.

“Um Deus que não se esvazia é um Diabo. Deus não age como tirano e não força seu poder para cima de suas criaturas sob pena de esmagá-las, tirando-lhes todo o espaço de liberdade de que precisam para existir. Deus não invade. Não usurpa. Não manipula”[8]

Afirmações como a de Ed Kivitz provocaram fortes reações teológicas, apesar do contexto dar a conotação de que Deus não trata o homem arrogantemente, dado o poder que teria para fazê-lo. Contudo reações contrárias a tais declarações são previsíveis, pois afirmam alguns teólogos que Deus não se esvazia quando está assentado como Todo-poderoso, ou sobre o ‘trono branco’ julgando as criaturas, no futuro vaticinado pelo livro de Apocalipse. (20:11)

1.↑ Evangelical Megashift, Christiany Today 34, n. 3, 10 de fevereiro de 1990, p. 12-14
2.↑ Nota: em Predestination and Freee Will: Four Views of Divine Sovereignty and Human Freedow, (ed. David Basinger & Randall Basinger. Downers Grove, Ill.: InterVarsity Press, 1986, p. 141-162) [Predestinação e livre-arbítrio, Mundo Cristão, 1989]. Clark Pinnock já havia publicado outro ensaio em 1985, e é comentado essa introdução do Teísmo Aberto no evangelicalismo, nessa data, por A. B. Caneday, in: Glória Velada: a auto-revelação de Deus em forma humana - uma teologia bíblica da automanifestação antropomófica de Deus, editado em Teísmo Aberto: Uma Teologia Além dos Limites Bíblicos, São Paulo, editora Vida, 2006, p. 180
3.↑ Editorial de Luiz Sayão sobre Teísmo Aberto na revista Enfoque Gospel
4.↑ http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=69&materia=729
5.↑ God Limits His Knowledge, In: Predestination and Freee Will: Four Views of Divine Sovereignty and Human Freedow, (ed. David Basinger & Randall Basinger. Downers Grove, Ill.: InterVarsity Press, 1986, p. 157) [Predestinação e livre-arbítrio, Mundo Cristão, 1989]. - A citação sobre o livro de Richard Rice se dá na p. 144 da mesma obra. - Texto transcrito e analisado por A. B. Caneday, in: Glória Velada: a Auto-Revelação de Deus em Forma Humana - uma Teologia Bíblica da Automanifestação Antropomófica de Deus, editado em Teísmo Aberto: Uma Teologia Além dos Limites Bíblicos, São Paulo, editora Vida, 2006, p. 180
6.↑ Artigo: Considerações de Paulo Brabo sobre Calvinismo e Teísmo Aberto
7.↑ Livre Arbítrio - "Um Escravo" de Charles Haddon Spurgeon
8.↑ Ed René Kivitz Vivendo com Propósitos, Ed. Mundo Cristão, 2004.

Engano no meio cristão - Teísmo Aberto (1)

"Teísmo aberto”, também conhecido como “teologia da abertura” e “abertura de Deus”, é uma tentativa de explicar a relação entre o pré-conhecimento de Deus sobre os fatos e o livre arbítrio dos homens. Os argumentos do teísmo aberto são essencialmente estes: (1) seres humanos são verdadeiramente livres, (2) se Deus soubesse o futuro absolutamente, os seres humanos não poderiam ser verdadeiramente livres, (3) portanto, Deus não sabe absolutamente tudo sobre o futuro. O teísmo aberto acredita que o futuro não pode ser conhecido. Portanto, Deus sabe tudo o que pode ser sabido – mas Ele não conhece o futuro.

O teísmo aberto baseia estas crenças em Escrituras que descrevem Deus “mudando de idéia”, ou “sendo surpreendido”, ou “parecendo adquirir conhecimento” (Gênesis 6:6; 22:12; Êxodo 32:14; Jonas 3:10). À luz de diversas outras Escrituas que declaram o conhecimento de Deus acerca do futuro, estas Escrituras devem ser entendidas como Deus descrevendo a si próprio de maneira que possamos entender. Deus sabe quais serão nossas ações e decisões, mas Ele “muda de idéia” com relação às Suas idéias baseado nas nossas ações. Deus estando “surpreso” e decepcionado com a perversidade da humanidade não significa que Ele não sabia que as coisas iriam ocorrer.

Em contradição ao teísmo aberto, Salmos 139, versos 4 e 16 declaram: “Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda... e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”. Como Deus poderia prever detalhes intricados sobre Jesus Cristo no Antigo Testamento se Ele não conhecesse o futuro? Como Deus poderia de alguma maneira garantir a nossa salvação eterna se Ele não soubesse o que haveria de acontecer no futuro?

Por fim, o teísmo aberto falha na sua tentativa de explicar o inexplicável – a relação entre o pré-conhecimento de Deus e o livre arbítrio da humanidade. Assim como formas extremas do Calvinismo falham ao fazer dos seres humanos nada mais que robôs pré-programados, o teísmo aberto falha ao rejeitar a verdadeira onisciência de Deus. Deus deve ser entendido por fé, pois “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). O conceito do teísmo aberto não é, portanto, escritural. É simplesmente outra forma de o homem finito com a sua mente finita tentar entender um Deus infinito, da mesma forma que se tentasse beber um oceano inteiro. O teísmo aberto deve ser rejeitado pelos seguidores de Cristo. Mesmo que o teísmo aberto seja uma explicação para a relação entre o pré-conhecimento de Deus e o livre arbítrio humano – ele não é a explicação bíblica.