quinta-feira, 25 de outubro de 2012

HALLOWEEN


 A origem do Halloween 

O calendário da bruxaria resume-se no relacionamento da “Grande Deusa” (representada pela Lua e que nunca morre) com seu filho, o “Deus Chifrudo” (representado pelo Sol e que a cada ano nasce no dia 22 de dezembro e morre no dia 31 de outubro). Na roda do ano Wicca (bruxaria moderna), o dia 31 de outubro é o grande sabá (festa) de Samhain (pronuncia-se “sou-en”).  Nessa época tudo já floresceu e está perecendo ou adormecendo (no Hemisfério Norte): “O sol se debilita e o deus está à morte. Oportunamente, chega o ano novo da wicca, corporificando a fé de que toda morte traz o renascimento através da deusa.”

O que é Samhain?  É uma palavra de origem celta para designar “O Senhor da Morte”.  Os celtas dedicavam esse último dia de outubro para celebrar a “Festa dos Mortos”.  Alto aí!  Então as pessoas ao desejarem um “Happy Halloween!”, estão, na verdade, desejando um “feliz” Samhain?  Ou seja, uma “feliz” festa dos mortos?  Um “feliz” ano novo da bruxaria?  Um “feliz” dia da morte do “Deus Chifrudo”?  Se todo esse pacote é oriundo da religião celta e foi incorporado às doutrinas da bruxaria moderna, então precisamos conhecer mais sobre os celtas.

Os celtas e o culto aos mortos

O que hoje chamamos de Halloween era o festival celta de Samhain, o “Deus dos Mortos”. É possível rastrear as origens das tribos celtas até a cultura de Túmulos da Idade do Bronze, que atingiu o seu apogeu por volta de 1200 a.C.  Contudo, os celtas não figuram como povo distinto e identificável até a época do período de Hallstatt (dos séculos VII a VI a.C.). Durante o período de Hallstatt, os celtas espalharam-se pela Grã-Bretanha, Espanha e França. O ano novo deles começava no dia 1 de novembro.

O festival iniciado na noite anterior homenageava Samhain, “O Senhor da Morte”.  Essa celebração marcava o início da estação de frio (no Hemisfério Norte), com menos períodos de sol e mais períodos de escuridão.  Os celtas acreditavam que durante as festividades de Samhain, os espíritos dos seus ancestrais sairiam dos campos gelados e dos túmulos para visitar suas casas e cabanas aquecidas.

Os celtas criam que teriam de ser muito receptivos e agradáveis para com os espíritos, pois os bons espíritos supostamente protegeriam suas casas contra os maus espíritos durante aqueles meses de inverno. Os celtas tinham medo do Samhain.  Para agradar-lhe, os druidas, que eram os sacerdotes celtas, realizavam rituais macabros. Fogueiras (feitas de carvalhos por acreditarem ser essa uma árvore sagrada) eram acessas e sacrifícios eram feitos em homenagem aos deuses. Criminosos, prisioneiros e animais eram queimados vivos em oferenda às divindades. Os druidas criam que essa era a noite mais propícia para fazer previsões e adivinhações sobre o futuro. Essa era a única noite do ano onde a ajuda do “Senhor da Morte” era invocada para tais propósitos. Um dos rituais para desvendar o futuro consistia da observação dos restos mortais dos animais e das pessoas sacrificadas.

O formato do fígado do morto, em especial, era estudado para se fazer prognósticos acerca do novo ano que se iniciava.  Essa prática ocultista aparece no Antigo Testamento sendo realizada pelo rei da Babilônia: “Porque o rei da Babilônia pára na encruzilhada, na entrada dos dois caminhos, para consultar os oráculos: sacode as flechas, interroga os ídolos do lar, examina o fígado” (Ezequiel 21.21). Oh!  Então, quando as pessoas desejam “Happy Halloween!” (feliz Dia das Bruxas), estão indiretamente desejando aos outros que façam negociatas com espíritos do mundo sobrenatural que supostamente controlam os processos da natureza.  E mais: que seus amigos apaziguem e acalmem os espíritos maus, pedindo proteção aos espíritos bons durante aquele novo ano.

Os principais símbolos do Halloween

Com a migração dos ingleses, e especialmente dos irlandeses, para os Estados Unidos, no século XIX, Halloween foi pouco a pouco tornando-se popular na América.

a) “The Jack O’Lantern” (A Lanterna de Jack) Esse é o nome daquela abóbora (jerimum, no Norte e Nordeste) esculpida com uma face demoníaca e iluminada por dentro. Conta-se uma história de que Jack era um irlandês todo errado, que gostava de aprontar com todo mundo e chegou a enganar até o próprio Satanás.  Quando Jack morreu, não foi permitida sua entrada no céu, nem no inferno.  Satanás jogou para ele uma vela para iluminar seu caminho pela terra.  Jack acendeu a vela e a colocou dentro de um nabo, fazendo uma lanterna para si.  Quando os irlandeses chegaram aos Estados Unidos, encontram uma carência de nabos e uma abundância de abóboras.  Para manter a tradição durante o Halloween, passaram a utilizar abóboras no lugar de nabos.

b) “Apple-ducking [bobbing for apples]” (maçãs boiando) Esse é o nome de um ritual que foi incorporado às celebrações de Halloween depois que os celtas foram dominados pelos romanos.  É uma homenagem a Pomona, a deusa dos frutos e das árvores, que era louvada na época da colheita (novembro).  Os antigos geralmente a desenhavam sentada em uma cesta com frutos e flores.  A maçã era uma fruta sagrada para a deusa.  Maçãs ficavam boiando em um barril com água, enquanto as pessoas mergulhavam seu rosto nela tentando segurá-las com os dentes.  Depois faziam adivinhações sobre o futuro, com base no formato da mordida.

 c) “Trick or Treat” (Travessura ou Trato) Nessa noite é normal as crianças fantasiadas de vários monstros, batam à porta e, ao abrirmos, elas nos indagavam: – “Doce ou travessura?”.  Se respondermos travessura, elas iniciavam uma série de travessuras como sujar a relva, carro, em frente da casa com papéis e lixo, jogar ovos no terraço, além de sairem gritando ofensas ingénuas.  O que normalmente as pessoas não sabem é que as criancinhas simbolizam os espíritos dos mortos que supostamente vagueam na noite procurando realizar maldades (travessuras) ou em busca de bom acolhimento (bons tratos).

Os celtas deixavam comidas do lado de fora das casas para agradar os espíritos que passavam.  Ao recebermos aquelas criancinhas ingênuas nas nossas casas, estávamos simbolicamente realizando negociatas com principados e potestades do mundo tenebroso, da mesma forma que os celtas faziam na Antigüidade.

Algumas pessoas afirmam que a tradição de “trick or treat” não retrocede aos celtas, sendo mais recente, introduzida pela Igreja Católica européia no século IX.  Na noite anterior ao “Dia de Todos os Santos” (1 de novembro) alguns mendigos iam de porta em porta solicitando “soul cakes” (bolos das almas) em troca de rezas pelas almas dos finados daquela família.  Quanto mais bolos recebiam, mais rezas faziam.  A Igreja Católica passa a chamar a festa de Hallowe’en. Como uma festividade pagã em honra ao “Senhor da Morte” e celebrada em memória à morte do “Deus Chifrudo” foi se infiltrar na Igreja Católica Romana?

Em 43 d.C., os romanos dominaram os celtas e governaram sobre a Grã-Bretanha por cerca de 400 anos. Assim, os conquistadores passaram a conviver com os rituais dos celtas.  Durante séculos, a Igreja Católica Romana celebrava “O Dia de Todos os Mártires” em 13 de maio.  O papa Gregório III (papado de 731-741), porém, dedicou a Capela de São Pedro, em Roma, a “todos os santos” no dia 1 de novembro.

Assim, em 837, o papa Gregório IV introduziu a festa de “Todos os Santos” no calendário romano, tornando universal a sua celebração em 1 de novembro.  A partir de então deixou-se de celebrar o “Dia dos Mártires” em maio.  Na Inglaterra medieval esse festival católico ficou conhecido como “All Hallows Day” (“Dia de Todos os Santos”).  A noite anterior ao 1º de novembro era chamada “Hallows Evening”, abreviada “Hallows’ Eve” e, posteriormente, “Hallowe’en”.  Mais de um século após instituir o “Dia de Todos os Santos”, a Igreja Católica, através da sua Abadia de Cluny, na França, determinou que o melhor dia para se comemorar o “Dia dos Mortos” era logo após o “Dia de Todos os Santos”.  Assim, ficou estabelecido o “Dia de Finados” no dia 2 de novembro.

Para a Igreja Católica, a noite de “Hallowe’en”, o “Dia de Todos os Santos” e o “Dia de Finados” são uma só seqüência e celebram coisas parecidas – a honra e a alma dos mortos!  O catolicismo tenta fazer o “cristianismo” e o paganismo andarem de mãos dadas!  Conclusão Meus queridos professores de inglês, o que há de tão “happy” no Halloween?  Onde está a suposta felicidade transmitida pela festa de Samhain?  Pessoalmente, não consigo enxergar nada além de trevas espirituais.  Para quem não sente prazer com o sofrimento, “divertida” é uma palavra pouco apropriada para descrever a festa de Samhain, marcada pela angústia, pelo medo, pela depressão, além das piores crueldades e contatos com um mundo espiritualmente tenebroso.  Nem os celtas simpatizavam com a festa de Samhain.  O Halloween é uma algolagnia que leva as crianças a se familiarizarem com o sadismo cândido da infância e desperta o que existe de pior dentro de cada adolescente.  É o avesso das relações sociais equilibradas!  É a fusão com a distorção de valores do mundo cão, onde seus participantes tornam-se vítimas espiritualmente impotentes!

O profeta Isaías nos adverte: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus?  A favor dos vivos se consultarão os mortos?  À lei e ao testemunho!  Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8.19-20).  A opção é sua: consultar aqueles que tagarelam e consultam mortos e adivinhos ou confiar no que diz a Lei do Senhor.

A Bíblia é clara na opção que devemos seguir: “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti.  Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus” (Deuteronômio 18.10-13).

Estamos vivendo em tempos de perversão coletiva, onde a face enganosa de Satanás se manifesta algumas vezes de forma descarada, mas muitas vezes sutilmente e camuflada por trás de um ingênuo “Happy Halloween!”.  Que Deus nos livre do mal.  Amém.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A agressão dirigida a pessoas no poder pode aumentar, tal como os suicídios

Pedro Afonso Médico, psiquiatra diz que os governantes não transmitem segurança nem esperança e que isso tem um efeito desmoralizador sobre as pessoas.

O "grande sofrimento colectivo" que Portugal enfrenta neste momento, sem um fim à vista, conduz a situações mais dramáticas. E as respostas podem passar pela agressão auto-infligida (suicídio) ou a hetero-agressão (dirigida a pessoas no poder), avisa o médico psiquiatra Pedro Afonso. "Isso já se nota, as manifestações pululam por todo o lado, e [o fenómeno] vai aumentar", diz.

Recentemente escreveu, num artigo de opinião, que Portugal é um país deprimido e com medo. Não está a exagerar?

Não me parece, porque temos indicadores que apontam para um aumento dos casos de depressão relacionados com a actual crise e porque, neste momento, existe um clima de muito pouca esperança e de um grande sofrimento colectivo. Há vários casos individuais trágicos, de grande provação. E, acima de tudo, porque não se vislumbra um fim para esta situação. Essa é a grande questão. Todos nós suportamos durante algum tempo o sofrimento, mas é importante sabermos que este tem um fim.

Este sofrimento não tem um fim à vista?

Não só não há um fim como, pelo contrário, os anúncios de novas medidas se sucedem. Estas medidas avulsas restritivas, como o aumento consecutivo de impostos, acabam por ter um efeito desmoralizador nas pessoas. É preciso ir dando sinais às pessoas de que estamos a fazer progressos. A maior tortura que se pode fazer a uma pessoa é pô-la a fazer um trabalho sem sentido. Isto é um bocadinho, obviamente com algum distanciamento, aquilo que pode vir a acontecer entre nós - as pessoas sentirem que estão a trabalhar para pagar uma dívida, ficando cada vez mais com a percepção de que o esforço não servirá para nada.

É por isso que fala em falhas de comunicação do actual Governo?

O que há é, acima de tudo, uma incapacidade de transmitir segurança e de transmitir esperança. E dão-se sinais contraditórios às pessoas, o que é impensável nesta fase.

O que quer dizer com isso?

Os nossos líderes políticos não podem estar a exigir sacrifícios às pessoas e, por outro lado, a deixar outras de fora. Há privilégios e há determinados sinais que criam um sentimento de injustiça. Tem que haver algum recato, algum respeito.

Diz também que a sociedade portuguesa é uma sociedade moribunda, aludindo à baixa taxa de taxa de natalidade...

Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde, temos a segunda taxa de natalidade pior do mundo - só estamos atrás da Bósnia (1,3 filhos por casal). Há outro dado também interessante e que nunca é falado - nos últimos 15 anos, a percentagem de divórcios em Portugal quintuplicou. Sabendo nós que o divórcio é uma das principais causas da depressão, a par do desemprego, este fenómeno também está relacionado com o aumento das doenças psiquiátricas, nomeadamente das perturbações de ansiedade.

Portanto, o estudo de 2010 que falava de uma prevalência de 23% de problemas de saúde mental no país não o surpreendeu...

Penso que esse estudo não chegou a ser publicado. Precisávamos de ter acesso a resultados mais minuciosos. Outro fenómeno que devia ser estudado é o do aumento do suicídio. Dados de 2010 indicam que [a taxa de suicídio] já ultrapassou as mortes por acidentes na estrada (mais 86). O INEM também alertou para o aumento do número de chamadas por tentativas de suicídio [este ano]. Sabemos, de resto, que há uma correlação entre a crise económica e o aumento do suicídio.

Essa correlação não é assim tão directa...

Portugal participou num estudo publicado em 2009, na União Europeia, que prova que cada aumento de 1% na taxa de desemprego está associado a uma subida de 0,8% nos suicídios. E um aumento superior a 3% na taxa de desemprego encontra-se associado a um acréscimo de 4,5% de suicídios.

É possível fazer alguma coisa para evitar que isto aconteça?
Sim. Há dois casos históricos de países da União Europeia que conseguiram inverter este fenómeno: na Suécia, o desemprego subiu de 2,1% para 5,7% entre 1991 e 1992 e, apesar disso, a taxa de suicídio diminuiu. Outro caso é o da Finlândia, onde o desemprego passou de 3,2% para 16,6% em três anos (entre 1990-1993) e as taxas de suicídio diminuíram. Este fenómeno pode ser, em parte, explicado porque as autoridades destes países tomaram consciência do problema e implementaram modelos fortes de protecção social e programas de estímulo à procura e à criação de emprego.Mas já existe um plano de prevenção da depressão e do suicídio e o seu coordenador disse esta semana, aliás, que este é o momento certo para investir...

Eu acho que mais vale tarde do que nunca. O que me parece que não existe é uma linha de apoio, verdadeiramente nacional, SOS Suicídio. Ao que julgo saber, não tem pessoas profissionalizadas a colaborar, o trabalho é voluntário. Esta linha nacional devia ter ligação ao INEM. É também necessário acompanhar, no terreno, os casos mais dramáticos, das pessoas que vivem em grande isolamento e têm doença psiquiátrica grave prévia. Tem que haver uma conjugação de esforços entre os Ministérios da Saúde e da Segurança Social. Devem emanar directrizes, recorrer às equipas, a assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras que já existem. Outros casos a ter em atenção: quando ambos os membros de um casal ficam desempregados, é necessário prolongar a ajuda. É importante que o Estado não crie situações que humilhem as pessoas. Até porque, perante situações dramáticas, há duas respostas possíveis: ou a pessoa comete uma agressão autodirigida (o suicídio) ou uma hetero-agressão (dirigida a pessoas no poder). Isso já se nota, as manifestações pululam por todo o lado, e [o fenómeno] vai aumentar.

Poderemos chegar à situação que se vive na Grécia?

Se não houver medidas, vai ser uma questão de tempo. E não é a Psiquiatria que vai resolver o problema.

O que podem as pessoas fazer?

Recorrer a todos os apoios que têm, recuperar laços familiares e de amizade e o espírito comunitário que se tem perdido, fruto da migração das pessoas para os centros urbanos. Há outra questão que pode ser perigosa: a lei da mobilidade dos funcionários públicos. É preciso aprender com os erros da France Telecom, onde este foi um dos factores que causaram uma onda de suicídios. Tem que se ter muito cuidado porque estamos a falar de pessoas e não de números.

Fonte: http://www.publico.pt/Sociedade/a-agressao-dirigida-a-pessoas-no-poder-pode-aumentar-tal-como-os-suicidios-1566799?p=2

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Comportamento sexual na adolescência

O vídeo que menciono em baixo, é de dois adolescentes que filmaram cena de sexo em sala de aula numa Escola pública. A reportagem do DOMINGO ESPETACULAR (Brasil) tem cenas de sexo pouco níticas (óptimo!!!), mas o que gostaria de chamar a atenção de adolescentes, jovens e pais com a colocação deste vídeo, é a precocidade cada vez maior em que os adolescentes começam suas vidas sexuais, e a forma como se expôem, e expõem os outros.

Tirem vossas conclusões e compartilhem comigo.

Link: http://www.youtube.com/watch?v=t0Mgy-saZKU&feature=fvwrel